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PERSPECTIVAS
Ministro destaca a necessidade de o país ter crescimento econômico acima da média mundial
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou a necessidade de o Brasil perseguir um crescimento econômico que supere a média global. Ele enfatizou que o país não deve apenas almejar esse objetivo, mas tem a obrigação de buscá-lo, dado o vasto potencial que possui. As declarações foram feitas durante a abertura do evento “High-Level Seminar on Central Banking: Past and Present Challenges”, realizado em São Paulo nesta sexta-feira (19/5).
Promovido pelo Banco Central, o encontro reuniu autoridades monetárias de diversos países para discutir os desafios e as oportunidades enfrentadas pelos bancos centrais na conjuntura atual. Haddad demonstrou confiança na capacidade do Brasil de se desenvolver sustentavelmente nos próximos anos, com destaque para a transição energética como um ativo que pode atrair investimentos promissores para o país. Ele sugeriu que, por meio de um planejamento estratégico e ações assertivas, é possível criar as condições necessárias para um ciclo vigoroso e duradouro de desenvolvimento em um curto período.
"O Brasil pode criar condições para um ciclo de desenvolvimento em pouco tempo", afirmou o ministro. Suas palavras ressaltam a importância de políticas econômicas voltadas para o crescimento, bem como a gestão eficaz dos recursos disponíveis. A perspectiva de Haddad reflete o anseio por um Brasil com mais oportunidades, empregos e uma economia robusta e resiliente, uma vez que o país enfrenta um ritmo econômico lento nos últimos 10 anos.
Durante seu discurso, Haddad argumentou que é crucial "compatibilizar" a responsabilidade fiscal com as "legítimas" demandas da sociedade. O ministro destacou a importância de encontrar equilíbrio entre a gestão prudente dos recursos públicos e o atendimento às necessidades sociais. Segundo ele, essa harmonia é essencial para promover simultaneamente o desenvolvimento econômico e a justiça social.
"Procuramos dar o exemplo de como é possível harmonizar as políticas fiscal e monetária em benefício do país", disse Haddad. Suas palavras destacam uma visão de gestão econômica que não enxerga a política fiscal e monetária como elementos opostos, mas sim como "dois braços do mesmo organismo que precisam funcionar juntos". Para Haddad, a prosperidade econômica e a equidade social devem caminhar lado a lado, assim como as políticas fiscal e monetária.
Ao olhar para o futuro, Haddad ressaltou que o Brasil tem a perspectiva de se desenvolver sustentavelmente nos próximos anos. Essa previsão positiva indica uma expectativa de continuidade das políticas econômicas atuais e um otimismo em relação ao potencial de crescimento do país, especialmente impulsionado pela transição energética.
Relacionamento entre os poderes
Haddad também abordou a relação entre os poderes no primeiro semestre de governo. Segundo o ministro, não há motivos para reclamar de desarmonia entre os poderes. Matérias importantes para a condução econômica do país, como a Reforma Tributária e o Regime Fiscal Sustentável, estão em discussão pelo Congresso Nacional e a condução do debate tem respeitado todos os lados e aqueles que desejam contribuir para o país.
O ministro também já havia destacado em outras oportunidades projetos aprovados tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal, como a medida provisória que estabelece o preço de transferências, a qual tem um impacto significativo nas finanças internacionais do Brasil.