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Galípolo defende harmonia entre as políticas fiscal e monetária dentro do Banco Central
Indicado para ser o diretor de política monetária no Banco Central pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gabriel Galípolo, atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, afirmou estar “à disposição para desempenhar e jogar na posição que for mais adequada”. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (9/5), o número dois da pasta afirmou estar lisonjeado com a indicação e que vai trabalhar para o melhor do país, orientado à perspectiva de incluir as pessoas de baixa renda no orçamento.
“Estou muito honrado com a indicação do presidente da República para um cargo tão relevante que é a diretoria de política monetária. Assim como a confiança também do ministro Fernando Haddad e com a chegada do Dario”, disse Galípolo.
Para assumir o posto no BC, o nome do secretário-executivo ainda precisa ser aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos, no Senado Federal. Em caso de aprovação, Galípolo deverá ser substituído pelo advogado Dario Durigan, após a sabatina com os senadores, ainda sem previsão para ocorrer.
Questionado sobre a indicação de seu nome e o fato de ser afinado a atual gestão, Galípolo disse que esse encaminhamento está em pleno acordo com o que prevê a lei de autonomia do Banco Central. “Cada governo que chegar vai indicar seus diretores e me parece trivial. É esperado que os diretores sejam indicados com algum tipo afinamento e alinhamento com o governo, o que, aliás, é saudável do ponto de vista democrático”, disse.
O secretário-executivo também afirmou que vai trabalhar para que haja harmonia entre as políticas fiscal e monetária. Este é um tema relevante para a agenda econômica e para que o país volte a crescer. “O ministro Fernando Haddad vem dizendo que ele vem tentando evitar um equívoco que existe há muito tempo na economia brasileira, que é ter uma política monetária que vai para um lado e uma política fiscal que vai para o lado oposto. Este tipo de convergência é essencial”, afirmou.
“Espero que a gente consiga produzir consenso e caminhar em uma lógica que faça mais sentido”, disse. Essa iniciativa fortalece a economia nacional e contribui para a criação de políticas efetivas que garantam a inclusão social e a redução das desigualdades, pilares fundamentais do projeto político do atual governo.