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Alta de 1,9% no PIB supera as expectativas e sinaliza retomada econômica
O Produto Interno Bruto (PIB), que havia registrado uma retração na margem ao encerrar o ano de 2022, voltou a crescer no primeiro trimestre de 2023, apresentando uma variação positiva de 1,9% ante os últimos meses do ano passado. Esse resultado superou as expectativas de mercado, com a mediana das projeções apontando um crescimento de 1,2%, assim como a projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda (MF), que também previa uma variação positiva do PIB em 1,2%.
O dado reflete as ações e políticas implementadas pelo governo federal, que vêm criando um ambiente propício para a retomada econômica. Entre essas ações, destaca-se a discussão do novo Regime Fiscal Sustentável e o esforço fiscal do governo para garantir o ajuste das contas públicas ainda em 2023, com déficit de 1% do PIB e superávit já a partir do próximo ano.
“A inflação está controlada e os juros futuros estão caindo, o que abre uma janela de oportunidade importante para a política monetária. O esforço fiscal continuará sendo feito até o fim do ano para garantir os resultados do novo marco fiscal. Tudo isso vai se combinando virtuosamente para podermos entrar em um ciclo de desenvolvimento sustentável”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ao analisar os setores que impulsionaram o crescimento do PIB no primeiro trimestre, é possível observar que o setor agropecuário foi o destaque, ao registrar um expressivo avanço de 21,6% em relação ao trimestre anterior, após um recuo de 0,9% no último trimestre de 2022.
Acesse a Nota informativa Retomada do crescimento do PIB no 1º trimestre de 2023, divulgada nesta quinta-feira (1º/6) pela SPE
Esse desempenho favorável reflete uma possível safra recorde para este ano. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do Brasil deve fechar 2023 em 302,1 milhões de toneladas. Segundo dados divulgados em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), caso a safra se confirme, será 14,8% superior ao resultado do ano passado.
Já a indústria apresentou um leve recuo de 0,1% na margem, marcando o segundo trimestre consecutivo de queda nessa base de comparação. No entanto, o setor de serviços demonstrou um avanço de 0,6% ante uma variação de 0,2% registrada no trimestre anterior.
No que diz respeito à demanda interna, foi possível observar uma desaceleração no ritmo de crescimento do consumo das famílias, passando de 0,4% no último trimestre de 2022 para 0,2% no primeiro trimestre de 2023. Por outro lado, o consumo do governo manteve um crescimento estável de 0,3%.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa os investimentos em máquinas e equipamentos, por exemplo, registrou uma queda de 3,4% em relação ao trimestre anterior ante queda de 1,3% no último trimestre de 2022. As exportações, por sua vez, também apresentaram uma queda de 0,4%, após expansão de 3,3% no último trimestre de 2022. Já as importações tiveram redução ainda mais expressiva, de 7,1%, comparado a uma queda de 3,1% no último trimestre de 2022.
Ao comparar o primeiro trimestre de 2023, o PIB teve uma alta de 4%. Neste caso, o resultado também ficou consideravelmente acima da mediana das expectativas de mercado, que previa um crescimento de 3,1%.
A aceleração nesta baste de comparação também é reflexo do cenário do setor agropecuário. Houve ainda uma recuperação parcial da indústria, com alta de 1,9% e a dinâmica mais favorável no setor de serviços, com expansão de 2,9%.
Em termos monetários, o PIB atingiu o valor de R$ 2,56 trilhões no primeiro trimestre de 2023, acumulando um total de R$ 10,2 trilhões em quatro trimestres. O carry-over para o ano de 2023 é de 2,4%, ou seja, parte do crescimento observado no último trimestre de 2022 contribui para o crescimento projetado para este ano.
Esses resultados positivos demonstram uma recuperação significativa da economia brasileira no primeiro trimestre de 2023, impulsionada pelas medidas adotadas pelo governo federal em seis meses de atuação. Essas estratégias têm contribuído para fortalecer a confiança do mercado, o que reflete positivamente no PIB.
A expectativa é de que o Brasil siga na trajetória de crescimento sustentável, beneficiando tanto os setores produtivos quanto a população em geral. A continuidade das políticas econômicas adequadas é fundamental para impulsionar ainda mais a economia brasileira e promover um ambiente propício para o desenvolvimento.
Foto da capa: Divulgação (Freepik)