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Brasil contará com US$ 70 milhões em investimentos para Integração de Energia Renovável
Setenta milhões de dólares serão investidos no Brasil para aumentar a integração e participação das energias limpas no país. É o que prevê o Plano de Investimento do Programa de Integração de Energia Renovável (Renewable Energy Integration – REI - Program), elaborado com intensa participação do Ministério da Fazenda (MF) e do Ministério de Minas e Energia (MME). O progama foi aprovado na sexta-feira (30/6), durante reunião do Comitê dos Fundos de Investimento Climáticos (Climate Investment Funds – CIFs). A previsão é que esse total de investimento consiga mobilizar US$ 9,1 bilhões de parceiros, incluindo investimentos privados, para ser implementado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pelo Grupo Banco Mundial.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, celebrou a aprovação do plano e destacou o engajamento do governo brasileiro no avanço das fontes renováveis no país. "O governo brasileiro, liderado pelo presidente Lula, entende que as necessidades de desenvolvimento social e econômico do Brasil dependem do aumento da oferta de energia limpa. Por isso, para garantir a integração rápida e sustentada de energia renovável no sistema, precisamos aproveitar da rede elétrica o máximo de flexibilidade e eficiência que pudermos. Algumas soluções e tecnologias emergentes ainda não são comercialmente viáveis e precisamos de financiamento concessional para fomentar novos mercados. Com financiamento do CIF, certamente iremos acelerar a transformação necessária neste momento, disponibilizando energia limpa, além de emprego e renda, para as gerações presentes e futuras.", destacou.
O Plano do Brasil contempla três componentes de atuação. A proposta inclui recursos para digitalização e modernização de usinas hidroelétricas; digitalização e automação das redes de transmissão e distribuição; descarbonização dos sistemas isolados e tecnologias de armazenamento; e para desenvolvimento do hub de hidrogênio verde no Ceará. O processo de elaboração do PI do Brasil contou com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Mundial (BM).
O programa REI foi lançado em 2021 pelos CIFs, com o intuito de apoiar países em desenvolvimento a ampliarem a participação da geração de energia renovável nas matrizes energéticas. O financiamento e a assistência técnica do Programa de Integração de Energia Renovável dos CIFs incluem, entre outros pontos, o apoio à integração da gestão de riscos climáticos nas decisões do setor elétrico, diminuindo os impactos da variabilidade e mudanças climáticas. A ideia é também englobar ações que permitam aos consumidores assumir papeis mais ativos na indústria elétrica, de modo a facilitar a implantação de programas de resposta da demanda e uma operação mais flexível do sistema elétrico, em resposta à integração das fontes renováveis.
A versão aprovada na sexta-feira pelos Fundos de Investimento Climáticos passou por consulta pública para garantir um processo inclusivo e colaborativo nesta iniciativa importante para a transição energética e sustentabilidade do país.
Yesterday, Today, Tomorrow
O evento "Yesterday, Today, Tomorrow", organizado pelos Fundos de Investimento em Clima (CIF), ocorreu de 26 a 30 de junho, em Brasília, DF. A agenda celebra o 15º aniversário de um dos maiores fundos multilaterais do mundo para ações climáticas em países em desenvolvimento. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou na terça-feira (27/6) da abertura do evento
(foto),
juntamente com Thiago Barral, secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, com Maraflda Duarte, CEO dos CIFs, e com Ana Toni, secretária de Mudança do Clima do MMA, além representantes do BID e Banco Mundial.
Os Fundos de Investimento Climáticos (Climate Investment Funds
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CIFs) foram criados em 2008 com o objetivo de mobilizar recursos e canalizar investimentos para o desenvolvimento de baixo carbono e resistente ao clima em países de baixa e média renda. Até o momento, os recursos dos CIFs geraram mais de 61 bilhões de dólares em cofinanciamento para intervenções nas áreas de mitigação e adaptação à mudança do clima, destacando-se entre os maiores mecanismos de financiamento do clima no mundo. O evento desta semana celebra os 15 anos dos CIFs e foi sediado, pela primeira vez, no Brasil.
*Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MME
Foto: Fernando Donasci/MMA-27/6/2023