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FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL
Integração regional para crescimento da América Latina é defendida em Davos
“A integração regional é absolutamente necessária e imperativa para o desenvolvimento dos países da América Latina”, afirmou, nesta quarta-feira (18/1), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao participar do painel ‘Leadership for Latin America’, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Também participaram do evento líderes dos países latino-americanos Equador, Costa Rica, Colômbia e República Dominicana.
O ministro destacou que as relações entre os países são importantes para consolidar a região como um mercado de grande escala, com força para negociar com grandes blocos, como Estados Unidos, União Europeia e China, de modo a gerar condições para ofertar empregos de maior qualidade aos trabalhadores no continente e para ampliar o acesso à educação.
Segundo Haddad, a integração também exige avanços nos acordos comerciais, na infraestrutura e até mesmo na área dos mercados financeiros, com ações que potencializem as vantagens competitivas regionais, em especial a geração de energia limpa. Ele avaliou, por exemplo, que o clima do continente representa uma extraordinária condição para a produção de energia oriunda de fontes renováveis, como hidrelétrica, solar, eólica e hidrogênio verde. O ministro considerou essa condição como um diferencial competitivo, capaz de tornar a região em um centro global de produção de energia limpa.
Novos membros no Mercosul
“Os desafios regionais envolvem o incentivo ao desenvolvimento da indústria 4.0, respeitando o meio ambiente. Em todos os países latino-americanos, há oportunidades que seriam melhores e mais benéficas com maior integração”, comentou Haddad, ao defender o Mercosul e, inclusive, o ingresso de novos membros no bloco comercial.
O ministro lembrou que as gestões anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram marcadas pela ampliação das relações internacionais e que esse esforço começa a ser retomado pelo governo. “O estímulo à maior integração mundial permitiu ao Brasil crescer mais do que a média global durante o primeiro e segundo governos do presidente Lula”, rememorou Haddad.
O painel foi conduzido pela diretora para a América Latina do Fórum Econômico Mundial, Marisol Argueta de Barillas. Também estiveram presentes no debate os presidentes da Costa Rica, Rodrigo Chaves Robles; da Colômbia, Gustavo Francisco Petro Urrego; e do Equador, Guillermo Lasso Mendoza; além da vice-presidente da República Dominicana, Raquel Peña.
A discussão foi promovida para difundir as visões de liderança que estão remodelando a política doméstica da América Latina, nas áreas social e econômica, seu papel global e como a região pode se unir para cumprir uma agenda comum voltada para o futuro.