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REFORMA TRIBUTÁRIA
Haddad destaca importância das reformas para o crescimento econômico
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta terça-feira (31/1), que há hoje na Câmara dos Deputados e no Senado Federal um ambiente favorável para a aprovação das reformas de recuperação fiscal propostas pelo governo. Ao lado das ministras Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Haddad participou de um evento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.
Em conversa com jornalistas ao final do evento, Haddad reiterou a convicção de que a reforma tributária vai impulsionar o crescimento econômico. “Vai melhorar a vida das empresas e da indústria, vai dar mais transparência para o sistema tributário, vai permitir que a gente avance no segundo semestre para discutir a questão da regressividade do sistema tributário, que penaliza as famílias mais pobres”, declarou.
Em relação ao arcabouço fiscal, o ministro disse que a nova regra fiscal dará segurança e previsibilidade para os agentes econômicos. O ministro explicou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição previa o encaminhamento da medida até agosto, mas o prazo foi antecipado para abril e que, depois da validação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esta será enviada ao Congresso.
Crédito
Haddad informou ainda ter conversado com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre uma agenda rápida para recuperação do crédito no país, incluindo sistema de garantias, diminuição do spread e melhoria do ambiente de concorrência. “O crédito caro impede os negócios”, argumentou o ministro.
No evento da Febraban, Haddad tratou também de assuntos como a eficiência da máquina pública, tanto do ponto de vista da qualidade do gasto quanto dos processos internos, para dar mais agilidade ao governo na tomada de decisões.
O ministro comentou ainda que o programa Desenrola possibilitará a renegociação de dívidas e será focado nos cidadãos negativados e que, portanto, estão sem acesso ao crédito. De acordo com o ministro, o programa vem sendo discutido com os bancos desde a segunda semana de janeiro e a expectativa é de que seja lançado em fevereiro.