Notícias
REFORMA TRIBUTÁRIA
Brasil está numa situação favorável do ponto de vista geopolítico, diz ministro da Fazenda
Reforma tributária, novo arcabouço fiscal, interlocução entre as políticas fiscal e monetária e oportunidades para a ampliação de investimentos privados no país foram temas abordados nesta quarta-feira (15/2) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no evento “CEO Conference”, promovido pelo banco BTG Pactual, em São Paulo. Ele reforçou que apesar dos desafios atuais, internos e no cenário internacional, as perspectivas são otimistas. “O Brasil está numa situação favorável do ponto de vista geopolítico, do ponto de vista econômico. Se tomarmos as medidas necessárias, vamos conseguir. Está todo mundo de olho no Brasil”, afirmou, durante debate conduzido pelo economista-chefe do banco, Mansueto Almeida.
O Brasil está numa situação favorável do ponto de vista geopolítico, do ponto de vista econômico”, Fernando Haddad
O ministro destacou a aprovação da reforma tributária – tema que já está em andamento no Congresso Nacional – como passo primordial. “A reforma tributária é muito importante não apenas pelos efeitos imediatos que vai gerar, mas também para dissipar riscos fiscais jurídicos. O diálogo institucional está muito bom entre o Executivo, o Judiciário e o Legislativo. Então, quando olho para frente, eu confesso que fico mais esperançoso”, pontuou.
Haddad ressaltou ainda a importância da construção do novo arcabouço fiscal, em substituição ao teto de gastos. Segundo o ministro, a apresentação da proposta de uma nova regra fiscal, mais adequada para o país, deverá ocorrer em março, ou seja, antes do previsto (a estimativa anterior do governo era encaminhar o tema ao Congresso Nacional em abril). Ele reforçou o compromisso de responsabilidade com as contas públicas, mas alertou que essa questão não pode ficar atrelada a metas muitas vezes inexequíveis.
O cenário é promissor, declarou Haddad, ao citar os diferenciais competitivos do Brasil para a atração de investimentos, em escala global. “Eu ouvi empresas em Davos dizendo o seguinte: estamos pensando em investir no Brasil por uma razão. Queremos garantir que o nosso produto seja produzido necessariamente com energia limpa, queremos certificar o nosso produto. E o Brasil é onde vamos expandir nossas atividades porque vocês têm hidrogênio, energia eólica, solar, hidrelétrica, biomassa. Vocês têm tudo o que o mundo moderno precisa para fazer uma transição adequada”, enfatizou o ministro.
Diante disso, o Ministério da Fazenda já tem uma equipe específica para atuar em parceria e suporte com os ministérios envolvidos em questões ambientais para aprimorar o cenário de reindustrialização, em atendimento às novas exigências mundiais.