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Tatiana Rosito realiza balanço da primeira reunião presencial do G20 sob presidência brasileira
A embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha de Finanças do G20, afirmou nesta sexta-feira (15), que as propostas brasileiras apresentadas foram bem recebidas durante a primeira reunião presencial sob a presidência brasileira, ocorrida entre os dias 13 e 15 no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.
“Em geral, houve uma acolhida muito boa das propostas brasileiras. Houve um entusiasmo dos países membros com a primeira reunião. Saímos bastante otimistas e muito satisfeitos”, afirmou Rosito, que é secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.
De acordo com a secretária, há “apoio para uma agenda inovadora”. O Brasil apontou três eixos para sua presidência do G20: combate à fome e desigualdade, desenvolvimento sustentável e reforma das instituições globais.
“Os temas da inclusão social e da desigualdade são fios condutores. Foi reconhecido que o crescimento da desigualdade precisa ser atacado, para garantir a estabilidade da economia global”, explicou.
Em relação à questão climática, Rosito avaliou que a importância do tema é consensual e que houve apoio à posição brasileira para o fortalecimento dos fundos verdes.
“Cresce o chamado global para ações contra as mudanças climáticas. Houve muito apoio à proposta brasileira de ampliar o acesso, fazer com que haja menos burocracia e ampliar o volume de recursos”, pontuou.
A embaixadora reforçou que, ao longo dos trabalhos, o Brasil tem defendido que os bancos multilaterais de desenvolvimento passem por mudanças em sua governança ampliando o volume de recursos empenhados em investimentos para o desenvolvimento sustentável. “Os bancos devem estar aparelhados para a necessidade de recursos que o momento exige. Ou seja, sair de bilhões para trilhões. Garantindo fluxo de capitais para o sul global, para os países em desenvolvimento que sejam mais estáveis. Tratamos também da necessidade de ampliar a representação de países emergentes e em desenvolvimento”.
Na ocasião, Rosito ressaltou que a reunião representa apenas os primeiros passos do processo do G20 sobre coordenação brasileira. “Vamos continuar trabalhando com os membros, com as organizações internacionais”, sintetizou.