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Haddad faz reunião em busca de investimentos chineses para o Brasil
Durante o cumprimento de agenda oficial na China, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou a vocação brasileira como um importante ator dentro da nova geopolítica mundial. Durante entrevista a um canal de televisão brasileiro, nesta quinta-feira (13/4), ele fez um balanço das reuniões com investidores ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil e essa parceria tem se fortalecido ao longo dos anos. Segundo Haddad, os chineses estão interessados em investir, entre outros setores, em infraestrutura, comunicação e mobilidade.
Tivemos uma série de reuniões sobre investimentos diretos da China no Brasil além do comércio exterior, já que o fluxo de exportação e importação entre os dois países bate recorde, Fernando Haddad
“Tivemos uma série de reuniões sobre investimentos diretos da China no Brasil além do comércio exterior, já que o fluxo de exportação e importação entre os dois países bate recorde ano após ano”, disse o ministro em Xangai.
Haddad também falou sobre a realização de transações comerciais entre países com moedas locais. Para o ministro, esta é uma forma de “escapar da camisa de força de ter comércio fixado em moeda de um país que não faz parte da transação”.
“Existem várias modalidades de comércio bilateral que não precisam de uma moeda de um terceiro país para acontecer. O presidente Lula tem o interesse em patrocinar este tipo de comércio local sem essa necessidade de uma outra moeda”, afirmou o ministro, que salientou ver com muita tranquilidade esta discussão.
Haddad concedeu a entrevista momentos antes da comitiva presidencial brasileira embarcar rumo a cidade de Pequim. Lá, segundo o ministro, as reuniões terão teor mais político com ênfase, principalmente, no papel do Brasil como mediador na busca pela paz mundial.
“O Brasil é uma potência regional com um papel de liderança na América do Sul importante”, explicou. A comitiva brasileira será recebida pelo presidente chinês, Xi Jinping, e além de tratar de relações comerciais e do cenário político global, a agenda prevê a assinatura de acordos entre os dois países.