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Jogo Limpo
Pesquisa avalia impacto de ações educacionais da ABCD com o pessoal de apoio a atletas olímpicos e paralímpicos
Uma radiografia da abrangência e das repercussões de uma série de iniciativas antidopagem da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). Assim pode ser descrito a pesquisa Análise do Impacto das Ações Educacionais Desenvolvidas pela ABCD com o pessoal de apoio dos atletas olímpicos e paralímpicos. O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para a ABCD a partir de um acordo de cooperação técnica com a Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI) do Ministério da Cidadania.
Alguns dos principais achados da sondagem foram apresentados pela professora mestra Aline Waclawovsky, da UFSM, em uma reunião online na última segunda-feira, 19.12. Ela é uma das pesquisadoras do grupo que tem coordenação dos professores Luiz Fernando Freire Royes e Felipe Barreto Schuch.
A amostra foi composta por 134 integrantes do pessoal de apoio aos atletas que representaram o Brasil nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021. A coleta de dados contou com a colaboração do Comitê Olímpico do Brasil (COB), do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e da Secretaria Nacional de Paradesporto do Ministério da Cidadania.
“A antidopagem existe primariamente em função do atleta que está no campo de competição, mas no entorno desse atleta há várias pessoas envolvidas. Sem dúvida, esse pessoal de apoio precisa também ser alvo das nossas ações, porque são atores importantes. O estudo nos permite perceber que eles têm senso de sua responsabilidade em relação ao atleta e ao Jogo Limpo", afirmou Luisa Parente, secretária nacional da ABCD
Entre os entrevistados com respostas válidas, 91,4% disseram que já participaram de palestras, cursos ou algum tipo de treinamento da ABCD sobre antidopagem. Sobre a relevância de alguns dos aspectos abordados nesses eventos (era possível apontar mais de um), 60,5% consideraram o aspecto ético como relevante, 56,8% ressaltaram o aspecto clínico (de saúde) e 65,4% o aspecto legal.
O estudo também procurou medir a consolidação desses conceitos. Quanto ao aspecto ético, 64,2% consideraram suficiente o tipo de conhecimento que receberam. Quanto à percepção de aspectos legais, 61,7% consideraram suficientes. Quando questionados se os cursos e palestras ofertados pela Política Nacional de Antidopagem eram suficientes para que eles se sentissem à vontade para alertar os atletas, 17% concordaram.
"Uma coisa que nos chama atenção para um objetivo imediato, na atualização do nosso programa, é que muitos dos que responderam ainda não se sentem seguros para transmitir informações. Os dados nos ajudam a ter claro esse olhar da política e do Programa Nacional Antidopagem para capacitar ainda mais e melhor esses profissionais que atuam no entorno do atleta", completou Luisa Parente.
Também participaram do evento o diretor técnico da ABCD, Anthony Moreira; a assessora Thais Cevada, responsável pela área de pesquisa da ABCD; Fabio Rigueira e Ana Carolina Pareschi, representantes da SAGI, e o professor Luiz Fernando Freire Royes.
Assessoria de Comunicação - Ministério da Cidadania