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Parque Olímpico recebe elite do boxe nacional e do continente em dois eventos gratuitos
Bia Ferreira será um dos destaques da competição no Rio. Ela tem no currículo um título mundial, um vice e uma medalha de prata olímpica. Foto: Rodolfo Vilela/rededoesporte.gov.br
O Velódromo do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, se transforma na casa do boxe nacional e do continente a partir da próxima segunda-feira, 4.07. O vão interno da arena vai receber a estrutura do Campeonato Brasileiro Elite, tanto no masculino quanto no feminino, e na sequência o país terá o 1º Grand Prix Internacional, com pugilistas confirmados de México, Argentina, Colômbia, Panamá, Paraguai e Equador.
Alguns dos principais destaques recentes do país na modalidade, como os medalhistas olímpicos em Tóquio Abner Teixeira e Beatriz Ferreira, além do vice-campeão mundial Keno Marley (2022), estarão presentes nas duas competições. Mais importante torneio do circuito nacional, o Brasileiro chega à 77ª edição no masculino e à 20ª no feminino. Será de 4 a 10 de julho e são esperados 173 atletas de 21 Unidades da Federação.
O Grand Prix é visto pela Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) como o primeiro passo para colocar o país no circuito internacional de eventos. A estimativa é de que sejam 52 atletas divididos em 13 categorias de peso, entre masculino e feminino. As lutas serão entre os dias 14 e 17. Os dois eventos terão atividades sempre a partir das 14h30. A entrada é gratuita. Basta se inscrever neste link .
Um Termo de Fomento estabelecido entre a CBBoxe e a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania garante as condições para que os campeonatos tenham padrão profissional. O investimento de R$ 2,5 milhões supre despesas com recursos humanos, hospedagem e alimentação (de atletas, comissão técnica e dirigentes), transporte de equipamentos, locação de tendas, execução e montagem de cenografia, serviços operacionais, infraestrutura elétrica e de tecnologia, além de uniformes e premiações. Como o acesso é público e gratuito, a organização também precisa garantir brigadistas, segurança e limpeza.
“O boxe nacional já vem numa trajetória expressiva nos ringues. Só nos Jogos de Tóquio, foram três medalhas, uma de cada cor. A intenção dessa parceria é fomentar esse crescimento estruturado e ajudar a dar ainda mais visibilidade à modalidade”, afirmou o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento.
Para o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães, os torneios reúnem alguns dos ingredientes mais característicos do conceito que vem sendo aplicado à ocupação das arenas do Parque Olímpico da Barra. “Este será o maior evento específico do boxe olímpico já realizado no país, algo mais do que merecido para a modalidade que mais trouxe medalhas para o país dos Jogos de Tóquio. Isso é essencial para manter o Parque Olímpico com a atividade que merece”, ressaltou.
Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Marcos Cândido de Brito, trazer ao Brasil grandes eventos se encaixa numa estratégia de aproximar muitos dos praticantes do país dos nomes mais significativos no cenário internacional.
“Nossa ideia é fazer dessas duas primeiras semanas de julho uma celebração do boxe. No Rio de Janeiro, que tem inúmeros projetos sociais e escolinhas de boxe, ter a chance de trazer alguns dos melhores do continente para perto desses atletas possibilita que eles tenham um norte, um modelo a seguir”, afirmou o dirigente, que já sonha em trazer para o Parque Olímpico, em 2023, um evento do calendário classificatório para os Jogos de Paris 2024.
“Queremos criar um círculo virtuoso. Essa presença de eventos de referência incentiva a garotada, os técnicos e os projetos a se desenvolverem. Com isso, mais atletas ganham condições de ter nível de seleção e de competir internacionalmente e o Brasil só tem a ganhar”, emendou o dirigente. “O esporte em geral (e o boxe em particular) é um caminho de cidadania, de indicar o caminho certo”, concluiu o dirigente.
Estrutura já está sendo preparada na área interna do Velódromo do Parque Olímpico da Barra. Foto: Divulgação |
Geração vitoriosa
Na história olímpica, a primeira conquista brasileira foi registrada nos Jogos de 1968, na Cidade do México. Lá, Servílio de Oliveira foi bronze na categoria -51kg. Depois disso, foram 44 anos de jejum, até a edição de 2012. Em Londres, o Brasil subiu três vezes ao pódio: com os irmãos Esquiva Falcão (prata na categoria -75kg) e Yamaguchi Falcão (bronze na categoria -81kg), e com a primeira medalha feminina, de Adriana Araújo, bronze na categoria -61kg.
Em casa, nos Jogos Rio 2016, veio o primeiro ouro da história olímpica do Brasil no boxe, nos punhos de Robson Conceição, campeão na categoria -60kg. Já no Japão, o país seguiu o ciclo de grandes participações. O país foi campeão olímpico com Hebert Conceição (-75kg), vice-campeão com a campeã mundial Bia Ferreira (-60kg) e terceiro com Abner Ferreira (-91kg).
Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania