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TÓQUIO 2021
Em dia de nove pódios, Brasil conquista cinco ouros, uma prata e três bronzes em Tóquio
Da esquerda para a direita: (em cima) Petrúcio, Silvania, (embaixo) Wendell, Yeltsin e Wallace, os atletas de ouro desta sexta-feira em Tóquio. Fotos: Helano Stuckert/rededoesporte, Mirian Jeske/CPB e Wander Roberto / CPB
O Brasil viveu, nesta sexta-feira (27.08), seu melhor dia até aqui nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2021. Os atletas da natação e do atletismo conquistaram incríveis nove medalhas, com cinco ouros, uma prata e três bronzes. Com isso, o Brasil soma, agora, 17 pódios (seis ouros, quatro pratas e sete bronzes) noJapão. O país subiu no quadro de medalhas e está na sexta posição, atrás da China, Grã-Bretanha, Comitê Olímpico Russo, Austrália e Estados Unidos.
Depois de conquistar quatro medalhas no primeiro dia de competições, na quarta-feira (25.08), e repetir o mesmo número de pódios no segundo dia, na quinta-feira (26.08), a entrada do atletismo na programação do megaevento foi responsável por um grande salto no número de medalhas, assegurando ao país seis conquistas, quatro delas douradas. As outras medalhas vieram na natação.
Para completar, Bruna Alexandre e Cátia Oliveira, no tênis de mesa, se classificaram para as semifinais no tênis de mesa e, com isso, garantiram mais duas medalhas para o país. Esses pódios, entretanto, ainda não entram no quadro de medalhas, pois as cores da premiação ainda precisam ser definidas.
Confira quem foram os atletas do país que subiram ao pódio nesta sexta-feira (27.08) e quem foram os cinco responsáveis por fazer a bandeira brasileira ser hasteada no lugar mais alto ao som do Hino Nacional no capital japonesa:
Yeltsin Jacques: Primeiro ouro no atletismo
Nascido em Campo Grande (MS), Yeltsin Jacques foi o responsável por garantir a primeira medalha do Brasil no atletismo. Na disputa dos 5.000m da classe T11 (deficiências visuais), o brasileiro conquistou o ouro com o tempo de 15min13s62, ao cruzar a linha ao lado do atleta-guia Carlos Antônio dos Santos. Yeltsin percorreu os primeiros 3 mil metros acompanhado pelo atleta-guia Laurindo Neto. A prata e o bronze ficaram com os japoneses Kenya Karasawa (15min18s12) e Shinya Wada (15min21s03). O resultado marcou o primeiro pódio de Yeltsin em Jogos Paralímpicos. Beneficiado pelo Bolsa Atleta na categoria Pódio, a mais alta do programa de incentivo do Governo Federal, o corredor, de 29 anos, ainda disputará os 1.500m e a maratona em Tóquio.
Wallace Santos: Ouro e recorde mundial no arremesso de peso
O carioca Wallace Santos brilhou na prova do arremesso de peso da classe F55 (atletas que competem em cadeiras de rodas e que têm sequelas como poliomielite, lesões medulares ou amputações). Ele conquistou a medalha de ouro e quebrou o recorde mundial com um arremesso muito potente de 12,63m, superando em 16 centímetros a marca anterior, do búlgaro Ruzhdi Ruzhdi (12,47m), que acabou com a medalha de prata, ao arremessar para 12,23m. O bronze ficou com bronze ficou com o polônes Lech Stolman, com 12,15m. Wallace é beneficiado pelo Bolsa Atleta na categoria pódio.
Petrúcio e Washington: Ouro, recorde paralímpico e bronze nos 100m rasos
O paraibano Petrúcio Ferreira conquistou a medalha de ouro na prova dos 100 m rasos T47 (deficiência nos membros superiores), com direito a um novo recorde paralímpico da prova (10s53). A festa do Brasil na prova foi ainda maior porque o carioca Washington Júnior faturou a medalha de bronze, com o tempo de 10s68, apenas 0,08 segundos atrás do polonês Michal Derus, que levou a prata (10s61). Petrúcio e Washington são beneficiados pelo Bolsa Atleta e recebem o benefício na categoria Pódio.
Silvania Costa: Ouro no salto em distância
A mineira Silvania Costa foi a primeira mulher do Brasil a conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Paralimpícos de Tóquio. Com um salto de 5,00m, ela venceu a prova do salto em distância da classe T11 (deficiências visuais). A prata ficou com a uzbeque Asila Mirzayorova (4,91m) e o bronze com a ucraniana Yuliia Pavlenko (4,86m). Com o resultado, Silvania Costa, ouro no Rio 2016, é, agora, bicampeã dos Jogos Paralimpícos na prova.
Wendell Belarmino: Ouro nos 50m livre da natação
O brasiliense Wendell Belarmino, de 23 anos, que em Tóquio disputa sua primeira edição dos Jogos Paralímpicos, garantiu ao Brasil o segundo ouro no país na natação ao vencer a prova dos 50m livre da classe S11 (para atletas com deficiência visual). Ele venceu com o tempo de 26s03. A prata ficou com o chinês Dongdong Hua (26s18) e o bronze com o lituano Edgaras Matakas (26s38). Wendell é beneficiado pelo Programa Bolsa Atleta na categoria Pódio.
Gabriel Bandeira: Depois do ouro, a prata nos 200m livre
O paulista Gabriel Bandeira conquistou a medalha de prata nos 200m livre da classe S14 (para atletas com deficiência intelectual). Depois de conquistar o primeiro ouro do Brasil em Tóquio, na quarta-feira (25.08), nos 100m borboleta, ele voltou ao pódio ao nadar a prova com o tempo de 1min52s74. O ouro ficou com o britânico Reece Dunn (1min52s40) e o bronze foi para o russo Viacheslav Emeliantsev (1min55s58). Tanto Gabriel quanto Reece nadaram abaixo do recorde mundial anterior, que era de 1min52s90.
Maria Carolina Santiago: primeiro pódio feminino na natação
A pernambucana Maria Carolina Santiago conquistou a primeira medalha feminina do Brasil na natação em Tóquio. Ela faturou o bronze nos 100m costas da classe S12 (baixa visão) ao terminar a prova com o tempo de 1min09s18. O ouro ficou com a britânica Hannah Russel (1min08s44) e a prata foi para Daria Pikalova, do Comitê Olímpico Russo (1min08s76). Maria Carolina Santiago é beneficiada pelo Programa Bolsa Atleta, na categoria Pódio.
João victor: bronze no arremesso de peso
O carioca João Victor Teixeira bateu o recorde das Américas e faturou a medalha de bronze no arremesso de peso da classe F37 (atletas com paralisia cerebral), com um arremesso de 14,45m. O ouro foi para Albert Khinchagov, do Comitê Olímpico Russo (15,78m), e a prata para o tunisiano Ahmed Ben Moslah (14,50m). João Victor é beneficiado pelo Programa Bolsa Atleta, na categoria Pódio.
Bruna Alexandre e Cátia Oliveira: mais dois pódios no tênis de mesa
Além das medalhas no atletismo e na natação, a catarinense Bruna Alexandre e a paulista Cátia Oliveira, do tênis de mesa, garantiram mais duas medalhas para o Brasil. Elas se classificaram para as semifinais e, com isso, asseguraram no mínimo o bronze. A cor das medalhas, contudo, ainda precisa ser definida, já que as duas têm chances de avançar às finais. Por isso, as conquistas ainda não aparecem no quadro de medalhas do Brasil. Medalha de bronze no Rio 2016, Bruna venceu Tzu Yu Lin, de Taipei, por 3 a 0 (11/8, 11/8 e 11/7), enquanto Cátia superou a italiana Giada Rossi pelo mesmo placar (11/8/, 11/9 e 11/6). As duas são beneficiadas pelo Programa Bolsa Atleta do Governo Federal na categoria Pódio.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania