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Paradesporto escolar
Bolsa Atleta já é realidade para 146 atletas nas Paralimpíadas Escolares 2022
Tayná Rodrigues, 18 anos: terceira no Mundial Júnior de halterofilismo, campeã das Paralimpíadas Escolares e integrantes da categoria Internacional do Bolsa Atleta. Foto: Ricardo Valarini/ Min. Cidadania
Ainda que seja um evento conceitualmente focado na iniciação e na descoberta de talentos, as Paralimpíadas Escolares 2022 já são retrato da abrangência do Bolsa Atleta. Entre os 1,3 mil representantes de 26 Unidades Federativas que disputam 14 modalidades no Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo, 146 integram o programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania voltado para esportistas de destaque no cenário nacional.
Essa presença forte do Bolsa Atleta já na etapa escolar ajuda a mostrar o resultado do esforço do Governo Federal em dar ênfase cada vez maior aos investimentos no desporto escolar e de base”
Marcelo Magalhães, secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania
No recorte por gênero, há 87 meninos e 59 mulheres. Eles pertencem a 11 das 14 modalidades que compõem o programa dos jogos que seguem até esta sexta-feira, 25.11. No grupo, 122 atletas pertencem à categoria Estudantil do Bolsa Atleta, 23 à Nacional e 1 à Internacional. O investimento anual do Governo Federal com os 146 contemplados supera R$ 800 mil.
Tayná Rodrigues de Alcântara, de 18 anos, ocupa lugar de destaque na lista. Terceira colocada na categoria até 45kg no Campeonato Mundial Júnior de halterofilismo disputado em Tbilisi (Geórgia, em 2021), ela passou a integrar a categoria Internacional do Bolsa Atleta.
“Para mim ajuda bastante tanto financeiramente, para investir na carreira, quanto para auxiliar minha família. Em geral eu uso a minha bolsa para pagar passagens para treinos e competições e para investir em materiais e no meu futuro”, disse a atleta, que conquistou o ouro nas Paralimpíadas Escolares levantando 54kg, o seu recorde pessoal.
Para avançar ainda mais na modalidade, ela treina em Itu (SP) ao lado da campeã paralímpica Mariana D’Andrea, ouro nos Jogos de Tóquio 2021 e integrante da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta. Tayná sonha seguir se destacando para chegar a representar o país nos Jogos Paralímpicos de 2028, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Outra campeã nas Paralimpíadas Escolares 2022 que já recebe o Bolsa Atleta é a paranaense Emanuelle Victória, de 15 anos. Destaque na Classe S6 da natação, ela venceu os 50m livre em São Paulo e tem um dos cinco melhores tempos do país de sua categoria, incluindo os atletas adultos. “Esses recursos fazem toda a diferença para eu manter ao meu lado os melhores acompanhamentos”, disse a integrante da categoria Nacional.
“Essa presença forte do Bolsa Atleta já na etapa escolar ajuda a mostrar o resultado do esforço do Governo Federal em dar ênfase cada vez maior aos investimentos no desporto escolar e de base”, disse o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães.
Para mim ajuda bastante tanto financeiramente, para investir na carreira, quanto para auxiliar minha família. Em geral eu uso a minha bolsa para pagar passagens para treinos e competições e para investir em materiais e no meu futuro”
Tayná Alcântara, atleta do halterofilismo
Os repasses mensais da Bolsa Atleta variam entre R$ 370 e R$ 3.100, de acordo com as categorias (Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica/ Paralímpica). Na Bolsa Pódio, voltada a atletas posicionados entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades e com maior potencial de destaque em competições internacionais, os valores vão de R$ 5 mil a R$ 15 mil.
O edital de 2022 do Bolsa Atleta tem 6.773 contemplados (incluindo todas as categorias), a partir de um investimento anual de R$ 129,5 milhões. Desse total, são 4.970 atletas olímpicos e 1.803 paralímpicos.
Histórico
As Paralimpíadas Escolares tiveram a primeira edição em 2009. Desde 2016, a competição ocorre nas dependências do Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo. No ano passado, a competição contou com 900 atletas, de 25 unidades federativas (com exceções de Minas Gerais e Alagoas), e São Paulo conquistou o nono título de campeão geral (2006, 2009, 2011, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2021). Em 2020, o evento não foi realizado em função da pandemia de Covid-19. A edição de 2022 é a maior da história.
O evento é considerado um grande celeiro de atletas, responsável por revelar diversos medalhistas paralímpicos, como os velocistas Petrúcio Ferreira, Alan Fonteles, Verônica Hipólito e Washington Nascimento; o jogador de goalball Leomon Moreno; os nadadores Talisson Glock, Cecília Araújo e Mariana Gesteira; e os jogadores de futebol de cegos Tiago Silva e Jardiel Soares.
Incentivo à permanência
O Ministério da Cidadania está conectado às Paralimpíadas Escolares em outras duas vertentes além do Bolsa Atleta. Para meninos e meninas que vêm de famílias em condição de vulnerabilidade social que recebem o Auxílio Brasil, estar na fase nacional das Paralimpíadas Escolares já garante a eles o acesso ao Auxílio Esporte Escolar.
Um dos benefícios complementares do programa de transferência de renda do Governo Federal, o Auxílio Esporte Escolar garante 12 parcelas de R$ 100 para o atleta e uma parcela de R$ 1.000 para a família. O pagamento é voltado para estudantes que se destacam em competições oficiais do Sistema dos Jogos Escolares Brasileiros.
Outra face de investimento federal é um Termo de Fomento estabelecido entre a Secretaria Nacional de Paradesporto e o Comitê Paralímpico Brasileiro. A parceria, no valor de R$ 1,7 milhão, garantiu a hospedagem em acomodações acessíveis para 1.704 participantes do evento, entre estudantes-atletas e oficiais de delegação.
Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania