Notícias
Natação
MEsp celebra neste 2 de agosto o Dia Nacional da Natação
Fotos: Mariana Raphael/MEsp
No dia 2 de agosto de 1952, Tetsuo Okamoto conquistou a primeira medalha olímpica brasileira na natação, um bronze nos 1.500m, nos Jogos de Helsinque, na Finlândia. Exatamente 30 anos depois, em 2 de agosto de 1982, Ricardo Prado ganhou a medalha de ouro nos 400m medley no mundial de Guayaquil, no Equador, e estabeleceu um novo recorde mundial. Inspirando-se nesses fatos históricos, a partir de 2022 o Brasil passou a celebrar o Dia Nacional da Natação nessa data.
O dia foi firmado com o objetivo de divulgar os benefícios da natação, incentivar a prática e comemorar as grandes conquistas do esporte na história esportiva brasileira. Essa modalidade traz muitos benefícios à saúde, como trabalhar muito a musculatura corporal, definir a silhueta do corpo e aumentar a flexibilidade nas articulações, propiciar relaxamento e melhorar a autoestima de quem pratica. Além de desenvolver a força em termos gerais, aptidão cardiovascular e resistência respiratória para os adeptos ao esporte, a natação pode ser praticada de forma profissional ou amadora.
Apesar de ser considerada um esporte completo, a modalidade só foi introduzida no Brasil como esporte oficial no ano de 1897. No ano seguinte se realizou o primeiro Campeonato Brasileiro de Natação. Como representante feminina, a brasileira Maria Lenk foi a primeira mulher sul-americana a competir nos Jogos Olímpicos de 1932 (Los Angeles). De 1952 (Helsinque) a 2016 (Rio de Janeiro), foram 15 medalhas olímpicas nacionais conquistadas, com destaque para o pódio de ouro de César Cielo, em 2000 (Sydney).
Atualmente, no maior programa de patrocínio esportivo público do mundo – o Bolsa Atleta –, existem 689 praticantes da natação beneficiários da iniciativa, contando com a modalidade paralímpica e a Bolsa Pódio. Ágatha Amaral tem 15 anos e recebe a bolsa desde os 14. Ela começou a nadar com 5 anos de idade, ao ver a irmã treinar e participar de competições. “A natação me trouxe praticamente tudo na minha vida, amigos, maturidade. Ela faz bem pra saúde, pro corpo, pra mente; você relaxa, se sente outra pessoa praticando esporte”, disse ela.
Sobre a parceria com o Governo Federal, a atleta medalhista no último sul-americano nos 400 medley e recordista absoluta do Distrito Federal nos 200m peito e 400m medley, conta que sem o auxílio não conseguiria ter se desenvolvido na carreira. “O Bolsa me ajuda bastante na compra de equipamentos, na compra de trajes, acompanhamento de fisioterapia, nutrição. Acho que para se manter na maioria dos esportes, o custo financeiro é alto, e o Bolsa é muito importante para o desenvolvimento do atleta, para ele se manter no esporte”, afirma Ágatha.
Natação pra toda a vida
A natação é uma atividade que pode ser continuada durante toda a vida, desde os primeiros meses até a velhice. E você pode praticá-la como atividade física ou se dedicar a ter uma carreira no esporte. Hugo Lobo Filho é professor de uma escolinha de natação para crianças e adolescentes e também técnico olímpico de natação. Ele utiliza sua experiência como ex-jogador de basquete, de natação, em que competiu dos 6 aos 12 anos, militar e professor de educação física para treinar atletas de alto nível de Brasília. Ele se dedica ao esporte há mais de 20 anos. “Se fosse resumir o esporte em uma palavra seria vida, tenho uma vida inteira dedicada ao esporte”, relata ele.
“A natação é um esporte individual, mas é o mais coletivo dos esportes individuais, porque depende muito do grupo, e da forma que o grupo é conduzido. Aqui, nos treinos, os atletas vão melhorar a ventilação pulmonar, o débito cardíaco, o volume sistólico, que é o circulante em um minuto, na verdade, melhorar as características físicas, mentais. O cansaço vem primeiro mentalmente, para depois vem fisicamente. Então, eles vão ficar mais resistentes à dor, vão suportar cargas maiores de trabalho”, relata Hugo, sobre seu método de preparação, tanto dos alunos da escolinha quanto do treino com os profissionais e dos benefícios da natação.
Ainda segundo sua metodologia, ele frisa a importância de os praticantes investirem também nos estudos para se formarem de forma completa. “A gente estimula muito que o cara continue estudando porque, no mínimo, vai conseguir fazer uma universidade e poder mudar a vida dele. O esporte tem que começar na escola e prosseguir na faculdade, a formação dos jovens tem que ter base na educação física escolar”, frisa.
Por fim, Hugo deixa um recado para que todos pratiquem esportes. “Você vai ser resiliente, vai saber cair no chão, se levantar e novamente continuar lutando. São características que você desenvolve dentro d’água e fora d’água, afinal de contas você está formando um cidadão completo. Um convite para que todos mergulhem nessa vida esportiva, conheçam o que é o esporte, os benefícios que ele pode trazer, os benefícios de você poder socializar, ter um amigo para o resto da vida, porque vocês compartilharam momentos duros, momentos de dor, momentos de alegria, momentos de felicidade, momentos em que você vivencia toda a experiência de ter uma vida toda dedicada ao esporte e poder vencer através daquilo”, finaliza ele.
Assessoria de Comunicação – MEsp