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CONVERSA COM O PRESIDENTE
Bolsa Atleta acompanha 17 das 23 jogadoras brasileiras na Copa do Mundo, ressalta Lula
Seleção na vitória sobre o Panamá em Adelaide, na Austrália. Foto: Thais Magalhães/CBF
Autora de três gols e de uma assistência na vitória por 4 x 0 do Brasil sobre o Panamá na estreia da Copa do Mundo Feminina de Futebol, a meio-campista maranhense Ary Borges é uma das 17 integrantes do Bolsa Atleta no grupo de 23 jogadoras (73%) que representam o Brasil na Copa do Mundo Feminina de Futebol, disputada na Austrália e na Nova Zelândia.
As pessoas só conseguem sobreviver do esporte quando ficam famosas, mas até chegar lá, às vezes a pessoa não têm dinheiro nem para comprar um tênis. A maioria das cidades não está preparada sequer para ter um atleta profissional”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Uma das principais iniciativas de patrocínio direto ao esporte de alto desempenho do mundo, o programa do Governo Federal foi um dos temas do Conversa com o Presidente, bate-papo semanal online do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o jornalista Marcos Uchôa, nesta terça-feira (25.07).
“A meninada jogou bem. A companheira que marcou os três gols é do Bolsa Atleta. Hoje o programa tem 7.887 recebendo uma certa quantia em dinheiro que é variável”, explicou Lula. “Isso porque as pessoas só conseguem sobreviver do esporte quando ficam famosas. Se ela ganhar um campeonato de surfe fica famosa, ganha publicidade. Mas até chegar lá, às vezes a pessoa não têm dinheiro nem para comprar um tênis. A maioria das cidades não está preparada sequer para ter um atleta profissional”, afirmou.
Foi por isso, segundo Lula, que o programa foi criado em seu primeiro mandato. O Bolsa Atleta é composto pelas categorias Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpica / Paralímpica. Os repasses variam de R$ 370 a R$ 3.100 mensais, de acordo com os resultados dos atletas.
O programa conta ainda também uma faixa de elite, a Bolsa Pódio, para atletas posicionados entre os 20 melhores do mundo em modalidades dos programas olímpico e paralímpico. Atualmente, são 405 atletas que recebem entre R$ 5 mil e R$ 15 mil mensais para seguirem se preparando para as principais competições do calendário internacional. O orçamento do programa em todas as suas faixas para 2023 é de R$ 160 milhões.
Levando em conta apenas as meninas do futebol que estão na Copa, o investimento anual do Governo Federal é de quase meio milhão de reais (R$ 482 mil). Se a soma considera o futebol feminino como um todo, há 213 bolsistas em todo o país e um repasse direto anual de R$ 3,3 milhões.
Mais do que o auxílio federal, Lula ressaltou a necessidade de as prefeituras país afora estarem atentas para criar condições para que novos atletas surjam e se mantenham. “É importante que cada prefeito, que cada cidade tenha um estádio, em volta desse estádio tenha uma pista de atletismo, piscina, condições para ver essa meninada feliz e com futuro”, disse. “Na hora que você investe, abre a porta das oportunidades para as pessoas, elas vão”.
Onipresente
A dimensão do Bolsa Atleta pode ser medida pelo desempenho do Brasil nos últimos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Em Tóquio, em 2021, 80% dos integrantes da delegação olímpica e 95% da paralímpica eram bolsistas. Nas Olimpíadas, o Brasil conquistou 21 medalhas (sete ouros, seis pratas e oito bronzes), em 13 modalidades. Em 19 dos 21 pódios (90,45%), os atletas recebiam a Bolsa Atleta. Já nas Paralimpíadas, foram 72 medalhas (22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes). Os bolsistas representaram 68 dos 72 pódios: 94,4% do total.
Fonte: Palácio do Planalto