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Atleta brasileira será embaixadora da Pride House France 2024 nas Olimpíadas de Paris
Foto: Washington Alves/MPIX/CPB
A nadadora paralímpica brasileira Edênia Nogueira Garcia é a primeira embaixadora sul-americana entre atletas olímpicos e paralímpicos a integrar a Pride House France 2024 (Casa do Orgulho, em tradução livre). O espaço dedicado à comunidade LGBTQIA+ tem o objetivo de promover a inclusão e o respeito pela diversidade no esporte em competições desportivas internacionais.
Em comunicado no site oficial, a tetracampeã mundial e medalhista olímpica destaca a importância de integrar a Pride House. “O Brasil é o país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo. Com essa dura realidade da nossa comunidade, sou uma defensora ferrenha da luta pelo nosso direito de existir e viver. Ser embaixadora da Pride House Paris 2024 é mais uma ação de afirmação por um mundo mais diverso e igualitário para todos”, diz Edênia Garcia.
A diretora de Projetos Paradesportivos de Educação, Lazer e Inclusão Social da Secretaria Nacional de Paradesporto do Ministério do Esporte, Nayara Falcão, ratifica que ver a atleta como uma representante mundial da diversidade mostra a tônica de toda a existência. “Ver uma mulher, brasileira, nordestina, com deficiência e lésbica ser reconhecida como embaixadora da comunidade LGBTQIA+ mostra que estamos aqui para celebrar toda a nossa diversidade humana. E mostra também o nosso valor na comunidade esportiva, como atletas, que é tão importante quanto conquistar a vaga ou uma medalha”, destaca a diretora do MEsp.
De acordo com a ONG francesa Fier Play, responsável pela organização da Pride House, a iniciativa é mais um passo no combate à discriminação e no sentido de seguir o conceito de “Jogos Abertos”, lema das Olimpíadas, que serão disputadas de 26 de julho a 11 de agosto (Olímpicos) e de 28 de agosto a 8 de setembro (Paralímpicos), na capital francesa.
Nadadora coleciona medalhas
A cearense Edênia Garcia representa a Seleção Brasileira desde 2001 e disputará em Paris a sua sexta edição dos Jogos Paralímpicos. Pentacampeã parapan-americana, ela foi a primeira atleta brasileira, entre atletas olímpicos e paralímpicos, a conquistar o triplo mundial. No final de 2019, no Mundial de Natação em Londres, ela conquistou mais um feito inédito ao se sagrar tetracampeã mundial – título que nenhuma outra brasileira conquistou ainda.
Em campeonatos mundiais, a nadadora paralímpica acumula 17 medalhas – cinco de ouro, nove de prata e quatro de bronze. Em Jogos Paralímpicos, são três – duas de prata e uma de bronze.
Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte