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Diário da Viagem de Estudos à Amazônia Ocidental – Dia 04
O quarto dia da viagem de estudos do Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional (PPGSID) da Escola Superior de Guerra (ESG), em 03 de agosto, foi composto por visitas técnicas ao Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e ao Teatro Amazonas.
Considerada a melhor escola de guerra na selva do mundo, o CIGS tem como missão especializar militares para o combate na selva, realizando pesquisas e experimentações doutrinárias para a defesa e proteção da Amazônia Brasileira. O primeiro curso de guerra na selva foi realizado no ano de 1966, e nos seus 59 anos de existência, o CIGS especializou 7.161 guerreiros de selva, sendo 636 de nações.
Na oportunidade, a comitiva foi recebida pelo Coronel de Infantaria Glauco Corbari Corrêa, comandante do CIGS, e, além de assistir uma palestra sobre o histórico do CIGS, seu curso de operações na selva e as capacidades de especialização dos guerreiros de selva, visitou também o zoológico da organização militar que possui diversas espécies da fauna da floresta amazônica.
No Teatro Amazonas, a comitiva pode contemplar um símbolo vivo da herança histórica e artística da região, uma joia cultural que atraiu renomados artistas internacionais e peças teatrais de grande importância. Localizado no coração de Manaus, trata-se de um ícone que encapsula a rica história da região e a época áurea da borracha.
Inaugurado em 1896, o teatro foi projetado durante um período de grande prosperidade econômica na cidade, graças ao boom da borracha. Sua arquitetura combina estilos neoclássico e renascentista, refletindo o esplendor da época. No entanto, com a decadência da indústria da borracha, o teatro enfrentou um período de declínio. Somente nas décadas seguintes é que esforços de restauração e revitalização foram bem sucedidos, permitindo que o local ressurgisse como um centro cultural vibrante.
Atualmente, o espaço recebe vários eventos, desde apresentações teatrais e óperas até concertos e exposições. Além de sua significância artística, o teatro é uma lembrança tangível da evolução de Manaus ao longo dos anos, preservando a memória da riqueza da borracha e a resiliência da comunidade diante das mudanças econômicas e culturais.
Texto: Coronel David Sampaio, Tenente-Coronel Sandro Lodi e Vanessa Bandeira – PPGSID
Edição e revisão: Vanessa Bandeira – PPGSID e Ten Isabela Costa - Assessoria de Comunicação