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Dia do Aviador e Dia da Força Aérea Brasileira são comemorados na ESD
Ordem do Mérito Aeronáutico (OMA)
Na cerimônia, foi feita uma referência especial ao Capitão de Mar e Guerra Carlos Frederico Simões Serafim, que foi agraciado com a Ordem do Mérito Aeronáutico (Grau Oficial), e à Major-Brigadeiro Carla, que já possuía essa comenda e foi promovida ao Grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito Aeronáutico. A Ordem do Mérito Aeronáutico é a mais alta comenda do Comando da Aeronáutica.
Fotos: Sargento Da Rocha, Soldado Neiva e Civil Gustavo / ESD
Confira, a seguir, o texto especial produzido pelo Coronel Intendente David de Andrade Teixeira, em homenagem ao Dia do Aviador e ao Dia da Força Aérea Brasileira:
PARA PODER VOAR EXISTIU UM TRAJETO, UMA HISTÓRIA
Mata, café e máquinas
Cabeça de criança é diferente.
Mente de criança é inconstante.
De fato, uma cobra engolir um elefante?
É no mínimo algo instigante...
Criança costuma ver o invisível,
Esse modus operandi lhe faz, por vezes, ser risível
E se aquele que a ela professa lhe proporciona imaginações.
Ah... Suas ideias ultrapassam suas paixões
Perpassam multidões
Seus pensamentos vão além
As vezes para muito mais, também...
Mas, talvez se possa explicar
Que a verde e intensa mata
Possa lhe ter dado ânsias de ver por cima
Assim, só teria um jeito,
Fazer como os pássaros, voar.
Então, que se observem a vida a começar pelos... os pássaros.
Mas, cabeça de criança é diferente.
Pode não se pautar pela verdade imediata.
Mas, também, não mente.
Jamais considera uma ideia louca, uma bravata.
Propõem um certo algo e busca como se invente.
Cabeça de criança não tem amarras.
E, se toma café, fica decidida e cheia de marras
Seus pensamentos ficam dinâmicos.
Não lhe falta animus
Tem coisa que trazemos de criança
E não basta sonhar
Há que se fazer construir
Há que se fazer fruir
Impossível perder a esperança
Há que se fazer voar.
Se as locomotivas eram pesadas
Presas a um solo que precisava ser preparado.
Andavam em direções fixas
Precisavam dos trilhos, a determinação.
Como soltar máquinas pesadas e presas ao chão.
Querer voar exigia novos paradigmas
Era preciso quebrar certos estigmas
Como seria sair dos trilhos
O que seria uma máquina leve.
Como os carros se moviam?
Como os pilotos competiam?
Como os barcos flutuavam e se moviam?
Mata, café e máquinas.
Mas, na infância tinham os balões.
Balões voavam...
Mas, o que era voar?
Voar era deslizar no ar?
O barco desliza na água.
O carro anda no solo.
Os pássaros deslisam no ar...
Os pássaros não andam no ar...
O barco precisava flutuar
Mas, então, era preciso flutuar no ar.
Os balões flutuam no ar.
Daí era preciso dirigi-lo
Mas, dirigir um balão era como andar no ar.
E, isso, não era voar.
Das carroças ao carro
Do formato dos peixes ao formato do barco.
Fez-se uma ponte em forma de arco.
Que formato seria preciso para voar como os pássaros?
Algo em forma de pipa ou gaivota?
Máquina propulsora leve...
Remos em forma de pás...
Nasce o 14 BIS
Força motora muito leve
Desenho em fina suavidade
E, o mais pesado do que o ar ...
Vence a tal da gravidade...
E o homem, finalmente, pode voar...
23 de outubro de 1906