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Secretária Especial do PPI realiza palestra sobre o programa de parcerias do Governo Federal para diplomatas brasileiros
Organizado pelo MRE em parceria com o BNDES, "Workshop sobre Atração de Investimentos" visa reforçar a capacitação dos chefes de SECOMs sobre o tema
Publicado em
07/12/2021 10h00
Atualizado em
03/02/2022 17h30
Na segunda-feira (6/12), a Secretária Especial do PPI, Martha Seillier, realizou palestra no Palácio Itamaraty como parte do “Workshop sobre Atração de Investimentos”, organizado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE/Divisão de Promoção da Indústria) em parceria com o BNDES visando reforçar a capacitação do corpo diplomático brasileiro sobre o tema.
Dirigindo-se a uma audiência formada por chefes dos setores responsáveis pela promoção do comércio e dos investimentos nas Embaixadas e Consulados do Brasil no exterior, a Secretária explicou como o Programa de Parcerias de Investimento está organizado, apresentou a carteira de projetos prioritários de concessão, privatização e Parcerias Público-Privadas (PPPs) para provimento de infraestrutura e reforçou a importância da parceria com o MRE para divulgar os projetos entre investidores estrangeiros.
“Nas missões que temos realizado ao exterior, fica evidente que os investidores estão de olho no Brasil. Recebo consultas bastante específicas sobre as reformas que vêm sendo realizadas no país, como o marco legal do saneamento, aprovado em 2020, e a nova lei de debêntures de infraestrutura, que está sendo examinada no Congresso Nacional”, destacou a Secretária. “Há muito interesse na nossa agenda de leilões e quanto mais players, melhor – nos ajudem a multiplicar essa agenda”, acrescentou.
Seillier enfatizou que a carteira de projetos do PPI está alinhada aos princípios ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança), tema cada vez mais fundamental no diálogo com investidores.
“Temos uma Secretaria no PPI inteiramente dedicada ao licenciamento ambiental, focada em harmonizar a concretização dos projetos com a necessidade de evitar impactos ou, eventualmente, mitigá-los ou compensá-los. Estamos fortalecendo os modais ferroviário e hidroviário no Brasil, que têm bem menos impacto socioambiental que o modal rodoviário. Em matéria de energia, seguimos apostando em fontes menos poluentes, para manter a matriz energética do Brasil como uma das mais limpas do mundo”, afirmou.
A Secretária também comentou sobre os desafios de grandes projetos de desestatização, como aqueles envolvendo Correios, Eletrobras e Porto de Santos, e respondeu a perguntas sobre a análise estratégica do Governo Federal sobre as decisões envolvendo essas iniciativas.
“Na modelagem dos projetos, buscamos o equilíbrio entre interesse público e atratividade para o setor privado, o que inclui diretrizes claras em relação à modicidade tarifária, por exemplo. Estamos convencidos da importância de atrair o investidor privado: vivemos uma situação fiscal complexa, em que a falta de recursos para reforçar a atuação do Estado onde ela é indispensável – como no combate a ilícitos e tratamento de questões alfandegárias – é um desafio ao exercício efetivo da nossa soberania”, concluiu.