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Parques e Florestas
Mapa e BNDES fazem reunião de kick-off para concessão de três florestas no Sul do País
A agenda de concessão florestal é prioritária para o Governo Federal, uma vez que alia conservação e produção florestal.
Publicado em
29/01/2021 11h07
Atualizado em
13/06/2022 17h05
A Secretária Especial do PPI, Martha Seillier, participou, nesta quinta-feira (28/1), da cerimônia de kick-off do projeto de concessão florestal das Florestas Nacionais de Três Barras e Chapecó (SC) e de Irati (PR), localizadas no Sul do país. Promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o evento marca o início da parceria entre o Banco, responsável pela estruturação do projeto, e o Ministério.
Atualmente, o PPI apoia o Mapa em seis projetos de concessão florestal: a Floresta Nacional do Humaitá, Floresta Nacional de Iquiri, Floresta Gleba Castanho, além da Floresta Nacional de Balata-Tufari, Floresta Nacional de Jatuarana e a Floresta Nacional de Pau Rosa, cujas concessões estão em processo de qualificação no Programa.
Durante a cerimônia, a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que a parceria irá agilizar as concessões florestais no país. “Tenho certeza de que estamos no caminho certo. É o início de uma caminhada exitosa para as concessões florestais”, disse.
“O mercado cada vez mais valoriza e precifica o núcleo ambiental. Temos todos os elementos para construir a economia verde no Brasil”, completou o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
A Secretária Especial do PPI, Martha Seillier, destacou o desenvolvimento de agenda regulatória no setor a partir da gestão dos contratos de concessão. “Temos a preocupação de pensar os direitos e obrigações do público e também do parceiro privado, de forma que consigamos ter um manejo sustentável e que gere empregos, arrecadação, produção e muitas possibilidades para que os municípios e estados se beneficiem dessa parceria. São projetos com potencial enorme”, enfatizou.
A agenda de concessão florestal é prioritária para o Governo Federal, uma vez que alia conservação e produção florestal. Atualmente, estão em vigência 17 contratos que autorizam o manejo de produtos florestais madeireiros e não madeireiros, nos estados de Pará e Rondônia, que totalizam uma área de 1,05 milhão de hectares.
O diretor do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Valdir Colatto, reforçou que a meta é alcançar a concessão de 4,8 milhões de hectares até 2022. “O manejo sustentável é o caminho para manter a floresta em pé”, pontuou.
Participaram do evento diretores do BNDES, representantes do Instituto Semeia, da Fundação Getúlio Vargas, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Serviço Florestal Brasilieiro (SFB) e do ICMBio, do Ministério do Meio Ambiente, além de órgãos públicos federais, estaduais e das prefeituras envolvidas no projeto.
Concessão Florestal
A concessão florestal é um instrumento de política pública regulamentado pela Lei 11.284/2006, voltado à gestão das florestas públicas por meio da prática do manejo florestal, realizada por instituições de natureza privada, com foco na implementação de ações sustentáveis, capazes de elevar o nível da atividade econômica nos municípios e estados onde estão presentes, com geração de emprego e renda para a população local.
O manejo no âmbito da concessão florestal não atribui nenhum direito sobre a titularidade da floresta concedida. Os contratos de concessão permitem aos concessionários a exploração dos recursos dentro de limites estabelecidos e de acordo com o plano de manejo da unidade e a legislação vigente, mas os patrimônios continuam sendo da União, com a gestão e fiscalização da concessão de responsabilidade do poder público, por meio do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).