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Leilão de Reserva de Capacidade de 2021 vai gerar economia de R$ 10,34 bilhões para consumidores finais
Certame realizado na última terça-feira (21/12) permitiu a contratação de 4,6 gigawatts com 15,34% de desconto em relação ao preço teto
Publicado em
22/12/2021 12h00
Atualizado em
01/02/2022 12h45
O Governo Federal realizou nesta terça-feira (21/12) o leilão de Reserva de Capacidade 2021, com o objetivo de contratar potência para o sistema elétrico brasileiro a partir de empreendimentos de geração termelétrica (novos e existentes), visando garantir a segurança do fornecimento de energia no país. O projeto foi qualificado no PPI por meio do Decreto 10.902 /2021.
No total, o Governo contratou 4,6 gigawatts de disponibilidade de potência de 17 usinas termelétricas, sendo que 82,63% das usinas contratadas serão movidas a gás natural ou a bagaço de cana-de-açúcar. Os contratos têm vigência de 15 anos e envolvem investimentos de R$ 5,98 bilhões a serem realizados pelos parceiros privados. O início do suprimento de potência está previsto para julho de 2026, com geração a partir de janeiro de 2027.
“A demanda de potência fixada no planejamento foi totalmente atendida pelo leilão. Essa contratação foi realizada ao preço médio de R$ 824.553,83 por megawatt-ano, o que implicou num deságio de 15,34% em relação ao preço teto fixado pelo Ministério de Minas e Energia e numa economia de mais de R$ 10 bilhões para os consumidores finais ao longo da execução dos contratos”, informou o Gerente Executivo da Secretaria de Leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), André Patrus, durante a coletiva de imprensa realizada logo após o término do leilão.
Reserva de capacidade: segurança sistêmica
Os leilões de reserva de capacidade visam à contratação de empreendimentos 100% flexíveis, ou seja, que podem ser mobilizados para fornecer energia em momentos de baixa geração de outras fontes e de aumento da demanda, garantindo a segurança do sistema energético nacional.
“O Brasil tem muitas fontes renováveis – energia eólica, hidrelétrica, solar – cuja disponibilidade é variável, assim como a demanda dos consumidores também varia. Esse leilão vem trazer empreendimentos de geração que ficam na reserva, podendo ser acionados nos momentos de baixa da geração renovável e de alta da demanda”, explicou Thiago Barral, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que apoia o Ministério de Minas e Energia (MME) na elaboração de estudos de planejamento do setor elétrico.
“Esse foi nosso primeiro leilão de reserva de capacidade e a ideia é realizar mais leilões desse tipo no próximo ano, justamente para dotar o sistema de mais resiliência, para que nos períodos em que há baixa disponibilidade de outras fontes, possamos atender o sistema sem risco de desabastecimento e a um custo menor”, afirmou Paulo Cesar Domingues, Secretário de Planejamento e Desenvolvimento energético do MME.
“O PPI tem um papel bem específico nesses leilões de energia, a gente atua sempre tentando trazer mais investimentos, sejam nacionais ou estrangeiros. Parabenizamos a todas as áreas envolvidas – MME, Aneel, CCE, EPE – pelo sucesso do leilão e vamos continuar apoiando esse setor que é estratégico para o desenvolvimento do país”, concluiu o Secretário de Parcerias em Energia, Petróleo, Gás e Mineração do PPI, Frederico Munia.