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Leilão da 6ª Rodada de Aeroportos garante R$ 3,3 bilhões em receitas para a União e vai injetar mais de R$ 6 bilhões em investimentos no setor
Foi dada a largada à Infra Week, semana em que serão concedidos à iniciativa privada 28 ativos de infraestrutura, entre aeroportos, terminais portuários e uma ferrovia. Nesta quarta-feira (7/4), foi realizado, na B3, em São Paulo, o leilão da 6ª Rodada de Concessões Aeroportuárias. O projeto foi qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) por meio do Decreto nº 9.972/2019 e engloba a concessão de 22 aeroportos distribuídos em três blocos (Norte, Sul e Central) que, juntos, correspondem a cerca de 11% do mercado de aviação civil brasileiro, o equivalente a 24 milhões de viajantes por ano (dados de 2019).
O resultado do leilão dos 22 aeroportos, realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), vai render ao Governo Federal uma arrecadação de R$ 3,3 bilhões à vista, além de outorga variável ao longo do contrato, equivalente a percentual sobre a receita bruta de até 4,65%. A 6ª Rodada contou com a concorrência de sete grupos habilitados, e os investimentos nesses terminais devem chegar a R$ 6,1 bilhões ao longo da concessão.
Os blocos Norte, Sul e Central foram arrematados com ágio total de R$ 3,302 bilhões em relação ao lance mínimo de outorga R$ 186,1 milhões estabelecido no edital. “O dia de hoje é de celebração. Parabenizo todos que participaram do leilão, que acreditam no Brasil. Nosso país merece esse crédito. Temos um mercado com muita capacidade de investimentos, bons projetos, grandes oportunidades. Nossa estruturação está cada vez mais sofisticada, e é bom perceber que os grupos estão enxergando isso”, destacou o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
“Foram sete players de quatro países, com lances que demonstram que o crescimento do mercado de aviação civil no Brasil será enorme! Esses contratos vão transformar o setor com vultosos investimentos privados, gerando empregos e melhorando nossa competitividade”, pontuou a Secretária Especial do PPI, Martha Seillier.
O Bloco Sul, composto pelos aeroportos de Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Bacacheri, no Paraná; Navegantes e Joinville, em Santa Catarina; Pelotas, Uruguaiana e Bagé, no Rio Grande do Sul, foi arrematado pela Companhia de Participações em Concessões, com ágio de 1.534% em relação ao valor inicial de R$ 130,2 milhões. O grupo ofereceu R$ 2,128 bilhões pelos terminais.
O Bloco Norte, formado pelos aeroportos de Manaus, Tabatinga e Tefé, no Amazonas; Porto Velho, em Rondônia; Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre; e Boa Vista, em Roraima, teve como vencedora a Vinci Airports, que ofereceu R$ 420 milhões - ágio de 777% em relação ao lance mínimo inicial, de R$ 47,8 milhões. A empresa francesa já atua no Brasil com a operação do aeroporto de Salvador, na Bahia.
O Bloco Central, que compreende os aeroportos de Goiânia, Goiás; Teresina, no Piauí, Palmas, no Tocantins; Petrolina, no Pernambuco; São Luís e Imperatriz, no Maranhão, também foi arrematado pela Companhia de Participações em Concessões. O grupo ofertou R$ 754 milhões pelos aeródromos, com ágio de 9.156% em relação ao lance mínimo inicial, de R$ 8,1 milhões.