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MINERAÇÃO
Investidores apresentam resultados positivos com base em estudos do Serviço Geológico do Brasil
Relatório de auditoria foi entregue, formalmente, nesta sexta (04) - Foto: Ascom/SGB
Representantes do Ministério de Minas e Energia e da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia (SEPPI) receberam, nesta sexta-feira (04/03), o relatório preliminar da auditoria que confirma o potencial mineral identificado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) no Complexo Polimetálico de Palmeirópolis, no Tocantins.
A região teve os primeiros estudos realizados na década de 1980 por pesquisadores do SGB-CPRM e está sendo reavaliada há pouco mais de dois anos. Sendo um ativo minerário qualificado pelo PPI, o Complexo foi licitado em 2019 na modalidade de leilão para cessão de direitos e, desde então, vem sendo estudado pela empresa vencedora do certame, a australiana Alvo Minerals.
Quando os estudos foram realizados pelo SGB-CPRM, os pesquisadores identificaram que o complexo possivelmente concentra mais de um elemento em quantidades economicamente passíveis de exploração. Os levantamentos, na época, apontaram que os Recursos Inferidos da ordem de 6,3 Mt @ 3,58% Zinco, 0,81% Cobre, 0,55% Chumbo e Ouro resultam em até 11 g / t. A partir da licitação por meio do PPI, a Alvo Minerals ganhou o direito de pesquisa na região e realiza o trabalho por meio da sua subsidiária no Brasil, a Perth Recursos Minerais.
Durante a reunião, os representantes da Alvo Minerals e da Perth afirmaram que a reinterpretação de dados geofísicos e geoquímicos da localidade identificou anomalias, placas e rochas vulcânicas de alto valor – o que confirma o trabalho realizado pelo SGB-CPRM sobre a potencialidade da região.
Representando o MME na reunião, a secretária-adjunta da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Lilia Sant’Agostinho, destacou que “o resultado consolida a expectativa sobre esta modalidade de atuação e abre caminhos para novos projetos”. O diretor-presidente do SGB-CPRM, Esteves Colnago, comemorou os resultados apresentados pela Alvo e parabenizou os técnicos do Serviço Geológico na condução das pesquisas preliminares.
“É com muita satisfação que vejo o resultado deste projeto, que indica a seriedade do trabalho feito pelos nosso técnicos e pesquisadores”, disse o gestor. Colnago também afirmou que “o brasileiro está despertando para as potencialidades do setor mineral e para a quantidade de empregos e renda que podem ser gerados com a atividade”.
O chamado Projeto Palma segue com direito de pesquisa por três anos e tem 17 mil metros para exploração. O edital de licitação foi realizado no âmbito do PPI com suporte do SGB-CPRM e é o primeiro na categoria pesquisa em mineração. Cerca de R$ 255 milhões serão investidos no projeto.
Para o Secretário de Parcerias em Energia, Petróleo, Gás e Mineração do PPI, Frederico Munia Machado, a confirmação de que os novos estudos chancelam as últimas pesquisas do SGB, afirma que o país está no caminho certo para a atração de investimentos através da confiabilidade técnica. "Os resultados apresentados no relatório foram muito animadores. Muito do que a CPRM realizou nas décadas de 70 e 80 acabou se confirmando mostrando a consistência e a qualidade do trabalho geológico executado em todos esses ativos”, argumentou o Secretário do Ministério da Economia.
O diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB-CPRM, Marcio Remédio, lembrou que o Complexo de Palmeirópolis foi o projeto piloto entre os 330 processos minerários da empresa, um dos quatro primeiros qualificados pelo PPI. A região totaliza 6.050 hectares e compreende seis processos. Com os resultados apresentados hoje, o diretor destaca a importância dos estudos preliminares realizados pelo SGB-CPRM para a descoberta de áreas com potencial mineral no Brasil.
“Esta é mais uma etapa importante do trabalho iniciado ainda na década de 1980. Os estudos realizados lá atrás hoje foram confirmados, o potencial identificado está sendo validado. Há outras etapas ainda a serem cumpridas, mas acreditamos neste projeto, que vai ajudar a desenvolver o Tocantins, trazendo geração de emprego, renda e desenvolvimento socioeconômico. Estamos trabalhando para licitar novos ativos minerários e, assim, ajudar o Brasil por meio do setor mineral”, disse Marcio Remédio.
Também participaram do encontro a diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Ana Carolina Castro; Rob Smakman, CEO da Perth/SPE Brasil; Julio Liz (Perth); e o geólogo sênior da Perth, Maurício Prado.