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PATRIMÔNIO DA UNIÃO
Ministério da Economia destina áreas para implantação de projeto de aquicultura na Bahia
O Ministério da Economia (ME), por meio da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU), assinou nesta quarta-feira (12/1) a entrega, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de duas áreas da União localizadas no mar costeiro da Bahia. As áreas foram destinadas em dezembro de 2021 e serão cedidas pelo Mapa à Forever Oceans Brasil Eirelli para o desenvolvimento da atividade aquícola na região, por meio da implantação de tanques submersos no mar.
A parceria busca a implantação de fazendas marinhas ambientalmente sustentáveis, economicamente escaláveis e com tecnologia para produzir peixes de alto valor. O projeto pioneiro que será implantado no local prevê a produção de oito mil toneladas por ano e geração de 91 empregos diretos em cada área.
“Ao efetivarmos a entrega dessas áreas de espelhos d’água, estamos contribuindo para fomentar a economia, através da criação de peixes no país. É uma iniciativa inovadora que também vai gerar emprego e renda aos cidadãos”, destacou a secretária de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, Fabiana Rodopoulos.
A primeira área destinada está avaliada em R$ 17,8 milhões e possui 331 mil m². Ela abrange os municípios de Maraú, Uruçá, Itacaré e Ilhéus. Já a segunda, avaliada em R$ 33 milhões, possui 298 mil m² e está localizada no município de Ilhéus/BA. Ao todo, os ativos entregues somam R$ 51,1 milhões, totalizando 639,5 mil m².
“A cessão de uso para a Forever Oceans é um avanço para a piscicultura marinha brasileira, como a primeira fazenda marinha em mar aberto no país, servindo também de exemplo para demais investidores”, ponderou o secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Jorge Seif Junior.
A produção começará por uma espécie de peixe nativa, a Seriola rivoliana, conhecida como amberjack, kahala, kanpachi e almaco jack, pelo mundo; e olho-de-boi, arabaiana e remeiro no Brasil. Ela existe naturalmente na costa baiana, sendo encontrada no desembarque da frota de linha, que opera do sul da Bahia até o Espírito Santo.
A empresa pesquisou e analisou dados relativos a toda costa brasileira para identificar uma região favorável e adequada para implantar o projeto. Como ponto de partida, escolheu a região da Bahia, devido ao extenso litoral com batimetria favorável, ou seja, que oferece ancoragem adequada na faixa de profundidade desejada, próxima de instalações portuárias e possíveis locais de transmissão de comunicação. O local também oferece infraestrutura adequada.
A Forever Oceans Brasil estima a geração de 91 empregos diretos, sendo 18 profissionais de nível superior, 53 de nível médio ou profissional especializado, além de 20 funcionários para serviços gerais. Segundo a empresa, na Bahia existem parceiros e meios de recrutamento suficientes para selecionar a maior parte dos trabalhadores necessários para implementação do projeto.
Assista à cerimônia de lançamento de linhas de crédito para Aquicultura e Pesca