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RELATÓRIO
Dívida Pública Federal atinge R$ 5,73 trilhões em fevereiro
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 5,73 trilhões em fevereiro, uma variação de R$ 114,11 bilhões (2,03%) em relação a janeiro. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 2,30%, passando de R$ 5,36 trilhões para R$ 5,49 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe), por sua vez, teve redução de 3,78% sobre o estoque apurado em janeiro e encerrou fevereiro em R$ 240,01 bilhões (US$ 46,70 bilhões). As informações constam do Relatório Mensal da Dívida (RMD) referente a fevereiro, produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e divulgado nesta quarta-feira (30/3) em entrevista coletiva com transmissão on-line.
Acesse o Relatório Mensal da Dívida (RMD)
O documento destaca que o mercado externo continuou apresentando volatilidade em razão das preocupações com inflação e perspectiva de elevação de juros nos Estados Unidos, além da escalada das tensões geradas pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Em relação ao mercado doméstico, fevereiro registrou leve ganho de nível na curva de juros locais, refletindo o cenário externo mais desafiador.
Emissões e resgates
“Fevereiro foi um mês muito bom para as emissões do Tesouro”, ressaltou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública substituto, Roberto Lobarinhas. Em fevereiro, as emissões da DPF somaram R$ 109,01 bilhões e os resgates, R$ 30,85 bilhões. Nas emissões da DPMFi foi registrada a predominância dos títulos atrelados à taxa flutuante (R$ 67,85 bilhões). Nos resgates, o destaque foi o pagamento de cupom da NTN-B atingindo R$ 26,71 bilhões. A emissão líquida da DPF em fevereiro foi de R$ 78,15 bilhões.
As Instituições Financeiras foram os principais detentores, com 29,5% de participação, seguidas por Fundos (24,1%) e Previdência (21,9%). O estoque de Não Residentes em fevereiro se reduziu em R$ 17,7 bilhões. O estoque de Instituições Financeiras aumentou em R$ 78,6 bilhões no mês.
Custo médio
O custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses teve aumento de 8,61%, em janeiro, para 8,68%, em fevereiro. O custo médio do estoque da DPMFi acumulado em 12 meses aumentou de 8,92%, em janeiro, para 9,25%, em fevereiro. Por sua vez, o custo médio do estoque da DPFe acumulado em 12 meses diminuiu de 2,33%, janeiro, para -2,64%, fevereiro. O custo médio da emissões em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 9,50%.
A reserva de liquidez (colchão) apresentou aumento, em termos nominais, de 12,86%, passando de R$ 1,13 trilhão, em janeiro, para R$ 1,27 trilhão, em fevereiro. Em relação a fevereiro de 2021, quando a reserva era de R$ 933,22 bilhões, ocorreu um aumento, em termos nominais, de 36,96%. “A reserva de liquidez é uma ferramenta importantíssima para a gestão da dívida”, enfatizou Roberto Lobarinhas. “Ela permite uma atuação mais estratégica do Tesouro em relação a toda a composição da dívida. O robustecimento da reserva é importante e favorável para a gestão da dívida”, acrescentou.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto contabilizou vendas R$ 3,19 bilhões e resgates de R$ 1,67 bilhão em fevereiro. A emissão líquida foi de R$ 1,52 bilhão. O título mais demandado foi o Tesouro Selic (59,76%). O estoque atingiu R$ 83,19 bilhões, um aumento de 2,82% em relação a janeiro. Os títulos indexados à inflação representaram 55% do estoque.
As operações até R$ 5 mil responderam por 83,09% das compras do Tesouro Direto, que teve 430.444 novos investidores cadastrados em fevereiro, o que elevou o número total de investidores a 17,37 milhões. Isso representa um aumento de 75,53% nos últimos 12 meses. Fevereiro registrou um aumento de 35.393 investidores ativos no Tesouro Direto. O total atingiu 1,86 milhão no mês (variação de 26,68% nos últimos 12 meses.
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