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COOPERAÇÃO ECONÔMICA
Brasil realiza Diálogo Macroeconômico com a União Europeia
Representantes do Ministério da Economia e do Banco Central do Brasil realizaram na quinta-feira (19/5) o 9º Diálogo Macroeconômico Brasil–União Europeia (UE), em videoconferência com autoridades e técnicos do bloco de países europeus. Os dois grupos debateram a recuperação econômica nas duas regiões e discutiram as perspectivas das políticas fiscais da UE e do Brasil, em meio a um cenário internacional adverso.
“O evento contribuiu para reforçar os laços de cooperação e amizade entre a União Europeia e o Brasil”, avaliou o secretário especial adjunto de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, João Luís Rossi, após a reunião. ”Os dois lados expressaram perspectivas positivas quanto ao processo de acessão do Brasil à OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), sobre a confiança mútua e a recuperação sustentável das economias”.
As conversas abordaram os efeitos da invasão russa na Ucrânia. Nesse contexto, as apresentações brasileiras trataram de temas como recuperação econômica, impulsionadores de crescimento para 2022 e reformas estruturais, além de consolidação fiscal e medidas pró-mercado. Também destacaram as perspectivas da política fiscal, as previsões inflacionárias e os riscos da normalização da política monetária norte-americana para o Brasil.
Do lado europeu, os apresentadores trouxeram as perspectivas macroeconômicas do bloco sob os efeitos da guerra na Ucrânia, a revisão da política fiscal e da governança econômica na UE, além das prioridades de sua política econômica estrutural, incluindo o plano de recuperação europeu e o pacto para sustentabilidade da UE (Recovery Plan and the EU Green Deal).
Fóruns multilaterais
O Diálogo também teve um debate sobre temas da cooperação econômico-financeira em fóruns multilaterais, com ênfase nos assuntos mais relevantes discutidos em reuniões do G20 e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Entre eles, o cenário econômico internacional, os avanços nos campos de finanças sustentáveis e o desenvolvimento de ferramentas financeiras para lidar com os desafios globais atuais.
Sobre o diálogo de políticas entre Brasil e UE, os participantes concordaram em dar continuidade às discussões para uma melhor funcionalidade das reuniões do G20 e em cooperar com a presidência rotativa desse fórum pelo Brasil, em 2023. Também enfatizaram a importância de pautas como as da transição verde, de finanças sustentáveis e de mercado de carbono, além dos trabalhos nos grupos que tratam de temas como saúde e finanças.
Participaram da equipe do Ministério da Economia, ainda, o secretário de Assuntos Econômicos Internacionais, Marco Aurélio dos Santos Rocha, e o subsecretário de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica, Jônathas Delduque Júnior. As apresentações brasileiras foram feitas pelo assessor especial da Secretaria de Política Econômica (SPE) Rodrigo Mendes Pereira; pelo subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal da Secretaria do Tesouro Nacional (STN/SETO), David Rebelo Athayde; e pela chefe do Departamento de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil (Derin), Fabia Aparecida de Carvalho. O lado europeu foi representado pelo embaixador da Delegação da União Europeia no Brasil, Ignácio Ybáñez, autoridades e especialistas em macroeconomia e finanças de Direções Gerais da UE.