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Painel Telebrasil 2022
Telefonia 5G e PIX são vetores para desenvolvimento do país
“O futuro está na tecnologia 5G e no setor de telecomunicações”, afirmou Daniella Marques, titular da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), na palestra “O Brasil depois do 5G”, durante o Painel Telebrasil 2022, nesta terça-feira (28/6).
De acordo com a secretária, o Brasil tem investimentos contratados que superam R$ 900 bilhões, o que deve impulsionar a contratação de mão de obra, insumo e tecnologia no país. “O símbolo disso é o 5G. Toda a transformação que o Brasil vem atravessando e o que tem de legado contratado passa pelo 5G. Somos o primeiro país da América Latina que vai estar full na licença”, disse.
Daniella citou dois vetores para um futuro diferente para o Brasil: a tecnologia 5G e a democratização das transações financeiras com o Pix. Para ela, são sementes de empreendedorismo que vão gerar transformação social para que a população de baixa renda possa progredir, conjugadas às políticas de crédito focadas no microempreendedor.
Somente a demanda por soluções 5G para as mais diversas áreas da economia tem o potencial de gerar mais de R$ 100 bilhões em softwares e componentes que serão indiretamente contratados a partir da implementação da tecnologia, de acordo com a secretária. “O Brasil, tendo o governo mais digital das Américas e tendo o setor privado como esse motor que vem com o 5G como carro abre alas da indústria da inovação, tem uma posição muito favorável para o cenário que se deslumbra”, comentou.
Para a secretária, o país está caminhando bem depois do choque econômico causado pela pandemia. “Independente de preferências políticas temos que nos orgulhar e falar bem do nosso país, porque a atração de investimentos, o crescimento e a geração de renda, gera frutos para todos”, considerou.
O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Moisés Moreira, explicou que o cronograma para implantação do 5G no país está divido em seis fases. A primeira, prevista para iniciar em julho, com o fornecimento de tecnologia nas capitais do país, com no mínimo uma antena para cada 100 mil habitantes, foi prorrogada por 60 dias pela dificuldade na aquisição de equipamentos provocada pela crise mundial. “Estamos envidando todos os esforços para que algumas capitais sejam ligadas o mais rapidamente possível. Brasília provavelmente será a primeira”, afirmou.
O presidente da Telebrasil e da TIM Brasil, Alberto Griselli, afirmou que as operadoras estão prontas para iniciar os serviços. O painel foi moderado pelo jornalista Fábio Graner, do Portal Jota, e também contou com a participação do presidente da Claro, José Félix, do presidente da Qualcomm, Luiz Tonisi, e do presidente da Ericsson, Moisés Moreira, e com o chefe da Divisão de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Guilherme Mercês.