Evento on-line debate Infraestrutura habilitada para tecnologia (InfraTech)

Aconteceu nesta quarta-feira (29/6) o evento “InfraTech: infraestrutura habilitada para tecnologia”, com transmissão pelo canal da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) no Youtube. Na ocasião, foi anunciada uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura (SDI) – ligada à Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME) – e o Banco Mundial, com vistas ao desenvolvimento da agenda de integração entre materiais, máquinas e tecnologia digital em todo ciclo de vida da infraestrutura – a chamada agenda InfraTech. 

Durante a atividade, a especialista de InfraTech do Banco Mundial, Junglim Hahm, abordou conceitos e oportunidades para a infraestrutura do futuro. Em sua definição mais ampla, InfraTech pode ser considerada qualquer tecnologia que afete o desenvolvimento, a entrega e a operação contínua da infraestrutura. Dentre os benefícios e oportunidades de criação de valor a partir de InfraTech há pelo menos três aspectos centrais:

1. Melhorar a eficiência e reduzir os custos ao longo do ciclo de vida de um ativo de infraestrutura – O melhor planejamento e tomada de decisão através da InfraTech não apenas diminui custos, mas também prolonga a vida útil dos ativos. Além disso, os custos de manutenção podem ser significativamente reduzidos por meio de análises avançadas, da queda nos custos de monitoramento, de intervenções remotas e de peças impressas em 3D sob demanda, por exemplo.

2. Aumentar o valor econômico, social e ambiental – A InfraTech pode ajudar a criar empregos e oportunidades econômicas usando novas soluções de mobilidade para conectar pessoas a empregos e também ajudar a criar novos negócios orientados para a tecnologia. Também pode ampliar o acesso a serviços sociais essenciais, como saúde e educação, por exemplo, garantindo serviços mais seguros e confiáveis para os usuários.

3. Criação de novos mercados por meio de tecnologia e infraestrutura – Tecnologias disruptivas estão possibilitando novos mercados, alterando o funcionamento dos modelos de operação de ativos de infraestrutura. Isso oferece oportunidades para o surgimento de novas atividades produtivas domésticas e globais.

O Brasil foi o primeiro país no mundo selecionado para uma parceria com o Banco Mundial que prevê uma avaliação do grau de prontidão (readiness) da nação para adoção de práticas de InfraTech, considerando diversas dimensões – política, instituições, regulação, competências e mercado –, com o objetivo de oferecer visão e estratégias claras sobre o que e como pode ser alcançado.  Segundo o secretário adjunto de Desenvolvimento da Infraestrutura, Gabriel Fiuza, “além do avanço tecnológico aumentar a eficiência na prestação dos serviços e reduzir custos para o consumidor, a realidade de forte inovação possibilita a criação de novos modelos de negócios e o uso responsável de dados em prol da maior qualidade e diversidade de serviços de infraestrutura prestados ao usuário”.

A Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura está colaborando com a Enap na formulação de um curso a distância sobre InfraTech e Infraestrutura Sustentável. O objetivo é auxiliar os formuladores de políticas e estruturadores de projetos de infraestrutura na adoção de práticas tecnológicas e sustentáveis em novos investimentos.

Saiba mais sobre InfraTech, sobre a parceria com o Banco Mundial e sobre os desafios e oportunidades para o desenvolvimento dessa agenda no Brasil (Nota Técnica produzida pelo Ministério da Economia e apresentação “InfraTech Value Drivers & Policy Tookit” do Banco Mundial).