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Ministério da Economia lança nova versão do "raio X das estatais" com dados agregados das 47 empresas de controle direto da União
O Ministério da Economia lança, nesta sexta-feira (01), por meio da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), o Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais (RAEEF) – raio-x das 47 estatais de controle direto da União – tendo como base o ano de 2021. O objetivo é dar à sociedade uma visão abrangente dos principais elementos de governança e do desempenho das empresas, em linguagem clara e objetiva.
O relatório traz dados consolidados de cada empresa, além das principais informações contábeis e patrimoniais, indicadores econômicos, despesas com pessoal, benefícios de assistência à saúde e previdência complementar. A partir do documento, qualquer cidadão pode ter uma visão geral do conjunto de empresas estatais federais e conhecer detalhes de cada companhia.
No ano passado, segundo o relatório, as companhias controladas diretamente pela União registraram lucro líquido recorde, de R$ 187,7 bilhões, o triplo do valor apurado no exercício de 2020 (R$ 60,6 bilhões) e o maior desde 2008. Importante ressaltar que 22 das 28 empresas estatais não dependentes apresentaram resultado positivo. Além disso, as empresas pagaram R$ 101 bilhões a título de dividendos e juros sobre capital próprio relativos a anos anteriores e antecipação por conta do resultado do próprio exercício. Desse total, R$ 43 bilhões foram destinados à União.
No ano de 2021, em comparação ao ano de 2020, houve redução de 20.560 (4,40%) empregados, o que, alinhado à otimização dos processos, indica a continuidade da adequação da força de trabalho e o melhor desempenho das estatais federais. "O RAEEF é um enorme legado de transparência para o país. Desde 2020, cada cidadão pode saber o desempenho de todas as empresas, como evoluíram seus balanços e quanto ganham seus funcionários. Isso é respeito ao cidadão pagador de impostos, verdadeiros donos dessas empresas", avalia o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord.
OCDE - Além de formato em alinhamento às boas práticas internacionais de transparência de estatais, o RAEEF traz visão consolidada de grandes números, perfil dos empregados, por gênero e faixa etária, e informações sobre pessoas com deficiência. Também traz o valor de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) distribuída, a quantidade de empregados desligados em Plano de Desligamento Voluntário (PDV) e o valor médio por empregado.
Há também destaques sobre tema recorrente internacionalmente e, agora, em voga nas empresas no Brasil: as chamadas “ações ASG”, ambientais, sociais e de governança ou Environment, Social and Governance (ESG) – práticas de governança corporativa consideradas determinantes pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que, após revisão técnica meticulosa, considerou o Brasil aderente ao instrumento de melhores práticas de governança corporativa para empresas estatais, no ano passado.
“É importante ressaltar que, muito mais do que o reconhecimento do valor do que já foi feito, a adesão ao instrumento da OCDE representa um compromisso de nosso país com a continuidade de um processo virtuoso de reformas. Com a consolidação de um sistema robusto de governança corporativa, devemos dedicar nossa capacidade ao desenvolvimento de uma melhor governança pública sobre as empresas estatais federais”, conclui o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Ricardo Faria.
Confira a íntegra do Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais.