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CRÉDITO
Governo federal lança linha de crédito para aumentar renda de caminhoneiros
A Caixa Econômica Federal lançou nesta sexta-feira (4/2) a linha de crédito Giro Caixa Transportes, que vai permitir a antecipação do pagamento do frete aos caminhoneiros, beneficiando toda a cadeia de transporte rodoviário de carga. O novo modelo de financiamento já está disponível para todos os caminhoneiros clientes da Caixa, com taxa de juros a partir de 1,99% ao mês. O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou a importância da Caixa para viabilizar programas como esse e lembrou a atuação do banco na distribuição de recursos do auxílio-emergencial para combater os impactos econômicos da pandemia da Covid-19, no início da crise.
O dinheiro servirá como capital de giro para os profissionais, reduzindo os custos da antecipação do frete. Os recursos estarão disponíveis diretamente na conta dos transportadores de carga com até 120 dias de antecedência. A nova linha foi apresentada durante o evento “ Democratizando o Acesso ao Crédito ”, realizado pela Caixa no Teatro da Caixa Cultural, em Brasília, com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro; do ministro da Economia, Paulo Guedes; do chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida; e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas; além do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, entre outros convidados.
Time dos sonhos
Na ocasião, Guedes também ressaltou outras ações do Ministério da Economia, como o programa de digitalização e a inclusão de 100 milhões de brasileiros, a criação do Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), o novo Programa de Garantias, e a Cédula de Produto Rural Verde (CPR Verde). “O time dos sonhos é o nosso. Os outros foram bons; o nosso é muito melhor”, comentou, depois que Adolfo Sachsida se referiu a um estudo da equipe econômica do governo de Michel Temer, que foi apelidada de “ dream team ” pelo mercado.
Sachsida, que é filho de caminhoneiro, afirmou: “Para um caminhoneiro que recebia um frete de R$ 1 mil, ficavam no bolso dele só R$ 800. Os outros 20% eram antecipação. Agora, vai ficar com R$ 998. Isso é um grande ganho de renda para todo caminhoneiro”. Ele comentou que este programa “é melhor que qualquer desconto de diesel” e vai ajudar a “melhorar a eficiência econômica e gerar bem-estar a todos”.
Segundo Sachsida, o evento serviu para mostrar que existem “medidas extremamente eficientes que não têm custo fiscal”. Ele destacou, além do Giro Caixa Transportes, o Saque-Aniversário do FGTS, que permitiu a volta ao sistema financeiro de pessoas com nome no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), e as contas sociais digitais, que possibilitam o acesso a programas sociais pelo celular. “Isso mostra como nós podemos melhorar, e muito, a situação do brasileiro sem gastar dinheiro público”, frisou.
Juros baixos e dimensão humana
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, estima que 1,5 milhão de pessoas podem ser beneficiadas pela linha Giro Caixa Transportes. Ele pontuou que o caminhoneiro – que antes precisava pegar dinheiro emprestado – agora vai antecipar esse recurso com a Caixa. “Com inadimplência próxima a zero e com taxa de juros muito menor”, frisou.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, também elogiou a medida e destacou a necessidade de se dar atenção para a dimensão humana do processo de transportes. “É exatamente isso que está sendo anunciado no dia de hoje. Estamos tomando conta das pessoas”, disse. De acordo com o ministro, a nova linha funciona como um sistema de antecipação de recebíveis em que as empresas de transporte vão tomar o crédito, mas o beneficiário será o caminhoneiro, porque ele é quem recebe os valores, está na ponta da linha e é o elo mais fraco. “Isso significa liberdade, libertação. É libertar o caminhoneiro da carta-frete, das operações de crédito casadas, que tanto subtraem renda. Olha quanta renda vai ficar agora no bolso desse caminhoneiro”, declarou Tarcísio Freitas.
Veja a íntegra do evento Democratizando o Acesso ao Crédito:
porque ele é quem recebe os valores,