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CENÁRIO
Expansão das taxas de poupança e de investimento consolida o caminho do crescimento sustentável, aponta SPE
O Brasil, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), registrou posição de liderança mundial na aceleração das taxas de poupança e de investimento nos últimos três anos, possibilitando a melhora do crescimento sustentável no longo prazo, aponta a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia. No período entre 2018 e 2021, o Brasil foi o segundo país que mais elevou a taxa de poupança entre as 20 nações com maior Produto Interno Bruto (PIB), em dólares, considerando dados do World Economic Outlook de outubro de 2021. Além disso, o país ficou em terceiro lugar com maior expansão da taxa de investimento no período. Os dados estão presentes na Nota Informativa “Retomada da poupança e do investimento privado: uma comparação internacional", divulgada pela SPE nesta quarta-feira (23/2).
A SPE mostra que a taxa de poupança nacional acumulada em um ano chegou a 17,8% do PIB no terceiro trimestre de 2021, retomando o nível de 2014. Já a taxa de investimento – considerando a relação entre a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e o PIB – subiu de 15,5% do PIB, em 2019, para 19% do PIB acumulado em quatro trimestres até setembro de 2021, retornando ao nível de 2015. “Os dados de contas nacionais brasileiras indicam que houve melhora absoluta nas taxas de poupança e de investimento do Brasil, que recuperaram seus níveis pré-crise de 2015”, cita o documento.
A análise da Secretaria lembra que durante a pandemia as taxas de poupança cresceram no mundo todo, devido às restrições na circulação de pessoas, produtos e serviços. Ainda assim o Brasil se destacou, pois a taxa de poupança do país aumentou relativamente mais que em 93% dos países avaliados.
Crescimento sustentável
O chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, ressalta que os números são extremamente positivos, ao explicar que o aumento da taxa de poupança é condição essencial para permitir a ampliação do nível de investimentos. A alta dos investimentos, por sua vez, é fator que impulsiona o crescimento sustentado da economia. Sachsida pontua que o processo de consolidação fiscal e de reformas pró-mercado – binômio da política econômica do atual governo – levaram ao fortalecimento das taxas de poupança e de investimento do país.
A SPE destaca o cenário de reformas microeconômicas, os marcos legais que aumentaram a segurança jurídica, o fortalecimento de instituições da economia de livre mercado e da concorrência, a desburocratização, o avanço das concessões, a melhora do ambiente de negócios e a abertura da economia. É um amplo conjunto de medidas fundamentais para possibilitar o aumento das taxas de poupança e de investimento, consolidando o caminho do crescimento sustentável do país no longo prazo.
De acordo com a Secretaria de Política Econômica, o ciclo de recuperação do investimento está sendo impulsionado pela ampliação do investimento privado. Em 2019, 90% da FBCF foi gerada pelas empresas e famílias. Além disso, a elevação dos níveis de Formação Bruta de Capital Fixo tem ocorrido em ritmo maior que o próprio crescimento do PIB, comprovando a ampliação da taxa de investimento.