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CONTAS PÚBLICAS
Dívida Pública Federal atinge R$ 5,616 trilhões em janeiro
A Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 5,616 trilhões em janeiro, uma variação de R$ 2,57 bilhões (0,05%) em relação a dezembro, mês em que o total foi de R$ 5,613 trilhões. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 0,33%, passando de R$ 5,348 trilhões para R$ 5,366 trilhões. A Dívida Pública Federal externa (DPFe), por sua vez, teve redução de 5,77% sobre o estoque apurado em dezembro e encerrou janeiro em R$ 249,44 bilhões (US$ 46,56 bilhões). As informações fazem parte do Relatório Mensal da Dívida referente a janeiro produzido pela Secretaria do tesouro Nacional (STN) e divulgado nesta quarta-feira (23/2) em entrevista coletiva com transmissão on-line.
“O ano começou com aversão a risco no mercado externo”, ressaltou o coordenador-geral de Operação da Dívida Pública da STN, Luis Felipe Vital, que destacou dois principais fatores para isso: as perspectivas de redução mais agressiva dos estímulos monetários pelos principais bancos centrais e a tensão geopolítica que envolve a questão entre Ucrânia e Rússia. Em relação ao mercado doméstico, a curva de juros ganhou nível em janeiro, em reação às expectativas sobre política monetária no Brasil e no mundo.
Emissões e resgates
Em janeiro, as emissões da DPF somaram R$ 119,01 bilhões e os resgates, R$ 149,23 bilhões. Nas emissões da DPMFi foi registrada a predominância dos títulos atrelados à taxa flutuante (R$ 76,11 bilhões). Nos resgates, o destaque foi o vencimento de Letras do Tesouro Nacional (LTN) atingindo R$ 115,66 bilhões). O resgate líquido da DPF em janeiro foi de R$ 30,22 bilhões.
As Instituições Financeiras foram os principais detentores, com 28,8% de participação, seguidos por Fundos (24,3%) e Previdência (21,8%). O estoque de Não Residentes aumentou em R$ 404 milhões. O estoque de Instituições Financeiras se reduziu em R$ 32,2 bilhões.
Custo médio
O custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses teve redução de 8,91%, em dezembro, para 8,61%, em janeiro. O custo médio do estoque da DPMFi acumulado em 12 meses aumentou de 8,75%, em dezembro, para 8,92%, em janeiro. O custo médio do estoque da DPFe acumulado em 12 meses diminuiu de 11,91%, em dezembro, para 2,33%, em janeiro. Segundo Luis Felipe Vital, a queda do custo médio da DPF e o aumento do custo médio da DPFMi se explica pela queda do custo da DPFe, que resultou, por sua vez, da variação da taxa do câmbio.
Já a reserva de liquidez (colchão) apresentou redução, em termos nominais, de 4,51%, passando de R$ 1,185 trilhão, em dezembro, para R$ 1,132 trilhão, em janeiro. Em relação a janeiro de 2021 (quando a reserva era de R$ 805,68 bilhões) ocorreu um aumento de 40,56%. A redução do colchão de liquidez foi resultado do resgate líquido registrado no mês.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto contabilizou vendas R$ 3,5 bilhões e resgates de R$ 2,48 bilhões em janeiro. A emissão líquida foi de R$ 1,03 bilhão. O título mais demandado foi o Tesouro Selic (50,47%). O estoque atingiu R$ 80,91 bilhões, um aumento de 2,18% em relação a dezembro. Os títulos indexados à inflação representaram 55,57% do estoque.
As operações até R$ 5 mil responderam por 82,79% das compras do Tesouro Direto, que teve 640.040 novos investidores cadastrados em janeiro, elevando o número total de investidores a 16,94 milhões. Isso representa um aumento de 76,85% nos últimos 12 meses.