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RETOMADA
Brasil supera os demais países na recuperação econômica, aponta Paulo Guedes
O Brasil é o único país que já recuperou plenamente a posição em que estava antes da crise global provocada pela pandemia da Covid-19, apontou nesta terça-feira (1º/2) o ministro da Economia, Paulo Guedes. "O Brasil e apenas mais oito países avançados estão com o PIB [Produto Interno Bruto] acima do que estavam quando chegou a pandemia, mas com uma diferença importantíssima: o Brasil é o único que já tirou os estímulos fiscais e monetários. Todos os outros estão com anabolizantes, ainda", disse o ministro, ao participar do evento "2022 Latin America Investment Conference (LAIC)", promovido pelo banco Credit Suisse.
O Brasil e apenas mais oito países avançados estão com o PIB [Produto Interno Bruto] acima do que estavam quando chegou a pandemia, mas com uma diferença importantíssima: o Brasil é o único que já tirou os estímulos fiscais e monetários”, Paulo Guedes
"O Brasil já está com o [quadro] fiscal no lugar. Teve superávit do governo consolidado", apontou o ministro, em referência ao resultado divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (31/1). O BC mostrou que o setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 64,7 bilhões, representando 0,75% do PIB em 2021, ante déficit de R$ 703,0 bilhões (9,41% do PIB) em 2020. É o melhor número anual para o resultado primário consolidado desde 2013, quando foi apurado superávit de R$ 91,3 bilhões.
"É a primeira vez em oito anos que o governo consolidado tem superávit primário e ainda há quem fale de populismo fiscal. Estamos melhores, do ponto de vista fiscal, do que antes da pandemia", afirmou o ministro. O resultado consolidado considera os números de todo o setor público, incluindo entes subnacionais e estatais federais (exceto Petrobras e Eletrobras).
Guedes citou também dados referentes exclusivamente ao Governo Central (somente os números do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), que registrou déficit de R$ 35 bilhões em 2021 (0,4% do PIB, ante 10,5%, em 2020). "Também saímos de despesas de 26,5% do PIB para 18,6% do PIB", apontou, em referência aos resultados de 2020 e de 2021, respectivamente.
O ministro da Economia lembrou, ainda, que a Dívida Bruta do Governo Geral (DGBB) está atualmente em cerca de 80% do PIB e em queda, contrariando projeções pessimistas que apostavam que a DBGG chegaria a 100% do PIB. O país também surpreendeu ao registrar retração de 4% do PIB em 2020, contrariando previsões de mercado que apontavam queda de até 10%.
Diferenças
O ministro explicou que o Brasil está à frente dos demais países no ritmo da retomada econômica porque enfrentou os desafios impostos pela crise da Covid-19 sob rígida responsabilidade com as contas públicas, com adequada condução das políticas fiscal e monetária. Citou que, em conjunto com os demais Poderes, foi construído um conjunto de medidas que asseguraram recursos para cuidar da saúde dos brasileiros e, ao mesmo tempo, apoiaram a manutenção de empregos e empresas, com equilíbrio necessário para estimular a retomada da economia após a superação da fase crítica da pandemia.
Guedes destacou ainda, entre outros pontos, a importância da contenção dos aumentos salariais ao funcionalismo público. Lembrou também de todo o pacote de reformas executado pelo atual governo desde 2019, em uma agenda de ajuste das contas públicas e modernização da economia, o que assegurou ao país melhores condições para enfrentar os impactos da pandemia.
Painel
Paulo Guedes participou de painel que discutiu o tema "A economia brasileira". O debate contou com a participação de três executivos do Credit Suisse Brasil: Ana Paula Pessoa (presidente do Conselho), Ivan Monteiro (co-CEO) e Solange Srour (economista-chefe).