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PALESTRA
MTP realiza palestra em escola de Unaí sobre trabalho escravo contemporâneo
A Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravo (DETRAE/CGFIT), da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), promoveu uma palestra sobre trabalho escravo contemporâneo para alunos da Escola Estadual Delvito Alves da Silva, localizada em Unaí (MG). A palestra ocorreu no último dia 14.
A iniciativa faz parte do evento Sábado Letivo, que envolve temáticas multidisciplinares e reuniu 70 pessoas, entre professores e alunos.
A professora de português Quézia Braz, que coordena um projeto de redação, elogiou a palestra, proferida pelo auditor-fiscal do Trabalho Marcelo Campos. "Tivemos uma aula incrível sobre a história da escravidão no Brasil desde 1500 até os dias de hoje. No próximo sábado, vou propor aos alunos uma redação sobre o tema a partir do que foi apresentado", disse ela.
Carlos Eduardo Mendes, diretor da Escola, ressaltou a importância de levar temas atuais para a sala de aula. "Pessoas ainda são submetidas a condições de trabalho análogas à escravidão. Isso não é apenas um dado histórico, e sim, da sociedade moderna. Uma poderosa arma no combate desses abusos é o conhecimento sobre o assunto", afirmou o diretor.
Chacina de Unaí
No dia 28 de janeiro de 2004, os auditores-fiscais do Trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram assassinados quando se deslocavam para uma inspeção em fazendas da região de Unaí, episódio que ficou conhecido como Chacina de Unaí.
Atuação da Inspeção do Trabalho
Em 1995 foi iniciada a política pública de combate ao trabalho escravo. Desde então, são mais de 56 mil trabalhadores e trabalhadoras resgatadas dessa condição e mais de 108 milhões de reais recebidos pelos trabalhadores a títulos de verbas salariais e rescisórias durante as operações.
Os dados consolidados e detalhados das ações concluídas de combate ao trabalho escravo desde 1995 estão no Radar do Trabalho Escravo da SIT.
Denúncias de trabalho escravo podem ser feitas, de forma remota e sigilosa, no Sistema Ipê.