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PRODUTIVIDADE
Tecnologia sustentável e geração de emprego marcam retomada econômica na região de Sorocaba-SP
O secretário especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, visitou, nesta sexta (10/9), a fábrica da Toyota em Sorocaba (SP). A visita teve a finalidade de verificar os avanços na geração de empregos anunciados pela empresa, bem como conhecer as inovações tecnológicas sustentáveis da marca. A unidade de Sorocaba – a maior da Toyota no país – anunciou a criação de 850 novos empregos diretos e indiretos para o início de 2022, com o objetivo de elevar a produção para 152 mil unidades anuais.
Serão cerca de 450 vagas só na cidade de Sorocaba, além de 50 distribuídas nas demais plantas da Toyota e 350 na cadeia de fornecedores. A iniciativa faz parte da estratégia de crescimento sustentável da empresa e visa aumentar a produção dos modelos Yari e Etios (somente para exportação).
A decisão da Toyota em operar 24 horas em Sorocaba elevará em 25% seu volume de produção anual – de 122 mil unidades para 152 mil – o que também contribuirá para atender a maior oferta de produtos da empresa no Brasil e na América Latina, principalmente impulsionada pelo excelente desempenho do Corolla Cross, o primeiro SUV da marca produzido no país e comercializado em 22 países da região.
A Toyota está habilitada no Regime de Autopeças Não Produzidas e no programa Rota 2030, que é parte da estratégia elaborada pelo governo federal para desenvolvimento do setor automotivo no país e tem como objetivo ampliar a inserção global da indústria automotiva brasileira, por meio da exportação de veículos e autopeças.
São três os principais benefícios: redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em até 2% para veículos que atenderem os requisitos do programa; isenção do imposto de importação para os produtos sem similaridade ou capacidade produtiva nacional – Regime de Autopeças Não Produtivas; e redução de até 15,3% do valor gasto em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no Imposto de Renda Pessoa Jurídica, (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) – a Toyota não faz uso deste último.
Tecnologias inovadoras
O projeto do Corolla Híbrido Flex é resultado direto das metas de eficiência energética estabelecidas pelo Inovar Auto e que tiveram continuidade no programa Rota 2030, atraindo para o Brasil o que há de mais moderno entre as plataformas globais (TNGA) da Toyota.
De acordo com Carlos Da Costa, a utilização de tecnologias inovadoras nacionais na indústria automotiva, que possuem como base o etanol e a energia elétrica, geram mais competitividade e produtividade para o país. Segundo ele, o crescimento, sustentabilidade e inovação caminham juntos e são a alavanca para geração de empregos. "Essa é a prova de que as medidas implementadas por este governo estão surtindo efeito e permitem que o empreendedor se desenvolva com mais liberdade, menos burocracia e menos Estado no cangote do empresário. O Brasil está crescendo. Voltando a gerar emprego e voltando a gerar renda”, reforçou o titular da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, (Sepec/ME).
Pioneirismo e tecnologia
Com essa iniciativa, a unidade de Sorocaba se consolidará como a maior produtora de veículos eletrificados da América Latina, em mais um passo da empresa na busca pela massificação de tecnologias mais limpas e consequente avanço no compromisso de neutralidade de carbono na região.
Depois de ter sido a primeira a oferecer um veículo híbrido no mercado brasileiro – o Prius, em 2013 – e de ter lançado o primeiro híbrido flex do mundo, o Corolla sedã, em 2019, produzido em Indaiatuba, a Toyota sedimentou esse caminho com a chegada do Corolla Cross híbrido flex em março deste ano, modelo produzido em Sorocaba e o responsável por ampliar as fronteiras da empresa para mais países da região.
Estudos realizados pela Toyota do Brasil apontam que o híbrido flex, quando abastecido com etanol, possui um dos mais altos potenciais de abatimento da emissão de dióxido de carbono (CO2). Isso ocorre ao longo do ciclo de vida do etanol, desde que o biocombustível é extraído da cana-de-açúcar, passando pela oferta nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do motor. Quando abastecidos apenas com etanol (E100), os resultados de abatimento do CO2 estão entre os melhores do mundo.
Ciclo de investimentos
Com nove anos de existência, a fábrica de Sorocaba é fruto de um investimento de US$ 600 milhões e foi a terceira unidade produtiva da Toyota no país, além de ser um marco nas operações do Brasil. Também foi a primeira da marca em que todo o projeto construtivo do local adotou conceitos de ecoeficiência de padrão mundial, sem impactar a qualidade de vida dos habitantes do município e cidades vizinhas ou gerar riscos de qualquer contaminação ambiental.
Indiretamente, a planta de Sorocaba induziu novos investimentos no Brasil, seja da própria marca ou de parceiros. O parque de fornecedores, localizado ao lado do terreno da unidade, abriga 11 empresas. A Toyota, como resultado da boa performance de Sorocaba, decidiu construir sua planta de motores em Porto Feliz (SP), com investimento de R$ 580 milhões.