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PRODUTO INTERNO BRUTO
Secretaria de Política Econômica avalia resultado do PIB no segundo trimestre de 2021
Apesar de registrar retração de 0,1% na comparação com o primeiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso mostra a recuperação da atividade econômica após a queda provocada pelo pior momento da pandemia, de acordo com a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME), que publicou nesta quarta-feira (1º/9) a Nota Informativa sobre o resultado do PIB no 2º trimestre de 2021.
A nota ressalta ainda que a economia brasileira tem se recuperado de forma mais rápida do que outros países. Na amostra de mais de 30 países e grupos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que já divulgaram seus resultados trimestrais, o Brasil apresentou desempenho do PIB acima da média no resultado interanual e no acumulado em quatro trimestres, superando países desenvolvidos como o Reino Unido e Alemanha.
O destaque do PIB no segundo trimestre, pelo lado da oferta, foi o desempenho do setor de serviços, com alta de 0,7% em relação ao trimestre anterior, reflexo do crescimento de informação e comunicação e de outros serviços, além da recuperação do comércio. Segundo o documento da SPE, o avanço na vacinação em massa possibilitou o fortalecimento do setor no primeiro semestre do ano.
Outro destaque apontado pelo estudo é o aumento na taxa de poupança, que alcançou 20,9% no segundo trimestre de 2021, com 6,8 pontos percentuais acima do mesmo trimestre de 2019. É a taxa mais alta para o segundo trimestre desde 2000, início da série histórica. A taxa de investimento também se elevou para 18,2%, maior valor para um segundo trimestre desde 2014. O aumento do investimento e da poupança mostra que a recuperação da economia tem ocorrido via setor privado.
Na nota, a SPE conclui que para garantir a continuidade da retomada econômica sustentável é necessário combater as causas da baixa produtividade e da má alocação de recursos. “Para isso, não há outro caminho que resulte em elevação do bem-estar dos brasileiros a não ser por medidas que busquem a melhor alocação de recursos e incentivem a expansão do setor privado, por meio das reformas pró-mercado e da consolidação fiscal”, conclui o estudo.