Notícias
INTERNACIONAL
Em conselho do FMI, Ministério da Economia defende “políticas bem calibradas” para recuperação econômica
O Ministério da Economia defendeu nesta terça-feira (21/9) – durante reunião de vice-representantes do Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, da sigla em inglês) – a adoção de “políticas bem calibradas para enfrentar os crescentes desafios macroeconômicos globais”. O IMFC é um comitê formado por 24 membros, incluindo o Brasil, que assessora o Conselho de Governadores do Fundo Monetário Internacional (FMI) em relação à supervisão e gestão do sistema monetário e financeiro internacional, fornecendo orientação estratégica para o trabalho e as políticas do Fundo.
Em reunião por videoconferência, o secretário de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Gomes, lembrou que os países em desenvolvimento enfrentam severa redução em seu espaço fiscal, alimentada por pressões inflacionárias. Por isso, segundo ele, “reformas que buscam o estabelecimento de estruturas fiscais sustentáveis, o fortalecimento da regulamentação prudencial e a melhoria do ambiente de negócios devem continuar a estar no centro das agendas econômicas dos países em desenvolvimento e da supervisão do FMI”.
Gomes apresentou os avanços da vacinação do Brasil, mostrando que 90% da população adulta já recebeu a primeira dose e 51% está totalmente imunizada. Ele reiterou o apelo para que seja intensificada a implementação da vacinação em países emergentes e de baixa renda, visando a uma recuperação econômica global bem-sucedida.
Soluções de mercado
Sobre o enfrentamento das questões climáticas, o secretário brasileiro afirmou que “soluções baseadas no mercado promoverão os resultados mais concretos e acessíveis, tanto para o meio ambiente quanto para a inclusão social e econômica”. Destacou, também, que essa discussão deve ser conduzida no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, da sigla em inglês) e que a 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP26) – que acontecerá de 31 de outubro a 12 de novembro na cidade escocesa de Glasgow – fornecerá “uma imagem mais clara dos instrumentos disponíveis para os países enfrentarem os desafios climáticos”.
A reunião desta terça-feira deu início às discussões que serão propostas aos ministros nas reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em outubro.