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ARRECADAÇÃO
Arrecadação federal em agosto fica 9,2% acima do esperado
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME) divulgou nesta quinta-feira (24/9) o boletim de análise da Conjuntura Macroeconômica e Arrecadação Bruta de Tributos Federais. Durante coletiva virtual, o coordenador-geral de Modelos e Projeções Econômico-Fiscais da SPE, Sérgio Gadelha, apresentou dados sobre o cenário econômico atual e expectativas para a arrecadação federal que comprovam a força da retomada da atividade econômica do país.
Expectativas de mercado
A arrecadação total das receitas federais de agosto de 2021 foi 9,2% superior ao projetado, conforme expectativa coletada pelo Prisma Fiscal da SPE. Pelo 13º mês consecutivo, o resultado ficou acima do esperado por analistas de mercado. “As projeções de mercado sobre a arrecadação federal continuam a indicar a recuperação econômica”, afirmou Gadelha. Segundo a análise da SPE, ainda são esperados elevados erros de previsão devido à dificuldade de se fazer projeções em meio a uma pandemia.
O Prisma Fiscal é um sistema de coleta de expectativas de mercado elaborado pela SPE/ME para acompanhar a evolução das principais variáveis fiscais brasileiras: arrecadação total das receitas federais, receita líquida do governo central, despesa total do governo central, resultado primário do governo central e dívida bruta do governo geral. Esse sistema oferece uma oportunidade para o aprimoramento dos estudos fiscais no país, além de facilitar o controle social a partir de uma ancoragem das expectativas quanto ao desempenho destas variáveis.
Panorama macroeconômico
Sérgio Gadelha apresentou ainda o desempenho do setor de Serviços – que alcançou o patamar mais elevado dos últimos cinco anos – e das vendas do varejo, que bateu recorde na série histórica iniciada em 2000, na passagem de junho para julho, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período, os indicadores de confiança de Serviços e da Construção Civil também apontaram otimismo e expansão da atividade econômica nesses setores.
O coordenador-geral também destacou o avanço do Índice do Banco Central de Atividade (IBC-Br) – indicador mensal prévio do Produto Interno Bruto (PIB), o qual registrou resultado acima do esperado por analistas de mercado.
Em relação ao mercado de trabalho, Gadelha realçou a retomada do emprego formal, que continuou acelerando em meio à reabertura da economia. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Despregados (Caged), em julho houve criação líquida de 316,6 mil postos de trabalho com carteira assinada.
Para o coordenador-geral, as medidas tomadas pelo governo federal – em conjunto com o Congresso Nacional – continuam relevantes para mitigar os efeitos provocados pela pandemia na economia brasileira. “A vacinação em massa, as medidas de consolidação fiscal, as reformas estruturais e as reformas pró-mercado, todas em curso, possibilitarão maior eficiência da economia, bem como pavimentarão o caminho para um crescimento econômico sustentável que dê suporte a emprego, renda e maior nível de bem-estar da população brasileira”, concluiu Gadelha.