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FORÇA-TAREFA
Ação prende dois servidores do INSS no Maranhão
Foto: Polícia Federal
Operação Anadromiki da Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista, deflagrada nesta terça-feira (1º/6), prendeu temporariamente dois servidores do INSS acusados de integrar esquema criminoso responsável por fraudar benefícios previdenciários no Maranhão. Além dos servidores, a ação cumpriu ainda mais dois mandados de prisão temporária e três de prisão preventiva, totalizando sete pessoas presas na manhã de hoje. Foram cumpridos também 13 mandados de busca e apreensão nas cidades maranhenses de São Luís, Paço do Lumiar, Esperantinópolis, São Domingos do Maranhão, Governador Nunes Freire e Maranhãozinho. Na residência de um dos servidores, policiais federais encontraram cerca de R$ 500 mil escondidos em diversos animais de pelúcia. Também foram apreendidos seis carros e duas motos.
Para garantir os benefícios, um advogado e outros agentes operacionais confeccionavam documentos falsos. Depois, os servidores inseriam os dados nos sistemas do INSS em busca, principalmente, de benefícios da espécie pensão por morte, com pagamentos retroativos, causando considerável dano aos cofres públicos.
Segundo a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, o prejuízo inicialmente identificado com a concessão dos benefícios aproxima-se de R$ 5,9 milhões. A economia proporcionada com a futura suspensão dos benefícios, considerando a expectativa de sobrevida projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), é estimada em pelo menos R$ 18,4 milhões.
A Justiça Federal determinou que o INSS submeta 68 processos de benefício a procedimentos de auditoria. Também emitiu ordem para afastamento das funções públicas dos dois servidores envolvidos.
Os acusados estão sendo investigados pela prática dos crimes de estelionato, inserção de dados falsos em sistema público, associação criminosa e organização criminosa.
A operação contou com a participação de 70 policiais federais. Recebeu o nome de Anadromiki em alusão à palavra retroativo em grego. No caso dessa investigação, apurou-se que parte do modus operandi da organização criminosa consistiu no requerimento de benefícios com datas retroativas de modo a obter vultosos valores com a fraude previdenciária.