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CONTAS PÚBLICAS
Dívida Pública Federal recua para R$ 5,44 trilhões em setembro
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) teve uma redução de 0,68%, passando de R$ 5,48 trilhões em agosto para R$ 5, 44 trilhões em setembro. A Dívida Pública Federal Mobiliária interna (DPMFi) teve seu estoque reduzido em 0,98%, de R$ 5,23 trilhões para R$ 5,18 trilhões, resultado de resgate líquido no valor de R$ 90,26 bilhões. Já em relação ao estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe) ocorreu um aumento de 5,83% na comparação com agosto, encerrando setembro em R$ 257,7 bilhões (US$ 47,38 bilhões). As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (27/10) pela Secretaria do Tesouro Nacional durante a apresentação do Relatório Mensal da Dívida (RMD) de setembro.
Acesse o Relatório Mensal da Dívida (RMD) em setembro
Emissões e resgates
As emissões da DPF em setembro corresponderam a R$ 145,93 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 236,2 bilhões. “Foi o segundo maior resgate da série histórica”, destacou Luis Felipe Vital. O montante só ficou atrás do registrado em abril de 2021. Isso resultou em um resgate líquido de R$ 90,27 bilhões, dos quais R$ 90,26 bilhões se referem ao resgate líquido da DPMFi e R$ 0,01 bilhão ao resgate líquido da DPFe.
As emissões de títulos da DPMFi alcançaram R$ 145,78 bilhões. Foram R$ 96,22 bilhões (66,01%) em títulos indexados à taxa flutuante, R$ 31,52 bilhões (21,63%) em títulos atrelados a índice de preços e R$ 17,99 bilhões (12,34%) com remuneração prefixada. Desse total, foram emitidos R$ 141,39 bilhões nos leilões tradicionais, R$ 2,88 bilhões se referiram às vendas de títulos do Programa Tesouro Direto e R$ 1,50 bilhão relativo às emissões diretas.
No que diz respeito à DPFe, os ingressos de recursos da dívida contratual em setembro somaram R$ 152,95 bilhões. Os resgates, por sua vez, totalizaram R$ 165,54 bilhões, o que resultou em resgate líquido de R$ 12,6 bilhões.
Reserva de liquidez e composição de vencimentos
A reserva de liquidez (ou colchão) da dívida pública, que compreende as disponibilidades de caixa destinadas exclusivamente ao pagamento da dívida e o saldo em caixa dos recursos oriundos da emissão de títulos, apresentou redução de 8,08% em setembro: passou de R$ 1.227,27 trilhão, em agosto, para R$ 1.128,15 trilhão, em setembro. Em relação ao mesmo mês do ano anterior (R$ 758,75 bilhões) houve aumento, em termos nominais, de 48,68%.
O percentual de vencimentos da DPF para os próximos 12 meses apresentou redução, passando de 25,18%, em agosto, para 24,34%, em setembro. O volume de títulos da DPMFi a vencer em até 12 meses diminuiu de 26,05%, em agosto, para 25,23%, em setembro. Os títulos prefixados correspondem a 49,10% deste montante, seguidos pelos títulos atrelados à taxa flutuante, que apresentam participação de 32,69% desse total. Em relação à DPFe, ocorreu aumento no percentual vincendo em 12 meses, passando de 6,40%, em agosto, para 6,41% em setembro. Os títulos e contratos denominados em dólar foram responsáveis por 68,38% desse total. Os vencimentos acima de cinco anos respondem por 54,11% do estoque da DPFe.
O prazo médio da DPF apresentou aumento: passou de 3,73 anos, em agosto, para 3,83 anos, em setembro. O prazo médio da DPMFi aumentou de 3,53 anos, em agosto, para 3,63 anos, em setembro. O prazo médio da DPFe apresentou queda: de 8 anos para 7,93 anos.
Detentores
O estoque de Instituições Financeiras apresentou aumento no mês, passando de R$ 1.623,97 trilhão, em agosto, para R$ 1.624,75 trilhão, em setembro. A participação relativa desse grupo aumentou para 31,33%. Os Não-residentes tiveram acréscimo de R$ 10,5 bilhões no estoque, fechando o mês com aumento na participação relativa, atingindo 10,05%. O grupo Previdência reduziu seu estoque em R$ 21,57 bilhões, totalizando R$ 1.128,65 trilhão no mês. A participação relativa desse grupo caiu de 21,96% para 21,76%.
Os Fundos de Investimento, por sua vez, reduziram o estoque, de R$ 1.260,20 trilhão para R$ 1.200,60 trilhão. O grupo Governo apresentou participação relativa de 4,12% em setembro, e o estoque das Seguradoras encerrou o mês em R$ 205,56 bilhões. Os Não-residentes possuem 87,06% de sua carteira em títulos pré-fixados, enquanto a carteira da Previdência é composta de 61,77% de títulos vinculados a índices de preços.
Tesouro Direto
As emissões do Tesouro Direto em setembro atingiram R$ 2.882,89 bilhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 1.664,36 bilhão, o que resultou em emissão líquida de R$ 1.238,54 milhão. O título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que respondeu por 46,24% do montante vendido.
O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 71.772,34 bilhões, o que representa um aumento de 2,78% em relação ao mês anterior. O título com maior representação no estoque é o Tesouro IPCA+, que corresponde a 43,06% do total. Em relação ao número de investidores, 634.578 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto em setembro. Desta forma, o total de investidores cadastrados chegou a 13.100.474, o que representa um incremento de 56,21% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Assista à coletiva Relatório Mensal da Dívida – RMD – Setembro de 2021