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CENÁRIO
Ministério da Economia atualiza projeções de crescimento da economia
O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, e o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, ambos do Ministério da Economia, reafirmaram nesta quarta-feira (17/11) o compromisso do governo federal com o respeito ao teto de gastos e com a consolidação fiscal. “O governo em momento algum abandonou essa perspectiva”, afirmou Colnago. “Uma política econômica se analisa pelo conjunto da obra. E a nossa política econômica é baseada na consolidação fiscal e no aumento da produtividade”, ressaltou Sachsida. As declarações foram feitas durante entrevista coletiva de divulgação do Boletim Macrofiscal e do Panorama Macroeconômico de novembro, produzidos pela SPE.
Uma política econômica se analisa pelo conjunto da obra. E a nossa política econômica é baseada na consolidação fiscal e no aumento da produtividade”, Adolfo Sachsida
Adolfo Sachsida enfatizou que a consolidação fiscal “é expressa na redução consistente da relação dívida-PIB, seja pela manutenção do teto de gastos – pilar central da nossa política macroeconômica – seja pela redução dos três grandes pilares de gastos que este governo promoveu: a redução dos gastos com previdência, com o funcionalismo e com juros”. Segundo o secretário de Política Econômica, o binômio econômico relativo à consolidação fiscal e à agenda de aumento de produtividade – colocada em prática por meio da redução da má alocação de recursos; pelo fortalecimento de marcos legais para incremento da segurança jurídica; pelo avanço das privatizações e concessões, da abertura comercial, da desburocratização e de um melhor ambiente de negócios – define a política econômica do governo.
Nova grade de parâmetros
Sachsida comentou a nova grade de parâmetros da SPE, resultado da revisão de projeções da Secretaria. Foram atualizadas as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 5,3% para 5,1% em 2021 e de 2,5% para 2,1% em 2022. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que aponta a inflação oficial – passou de 7,9% para 9,7% em 2021 e de 3,75% para 4,7% em 2022. Já as previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – referência para o salário mínimo – são de elevação de 8,4% para 10% em 2021 e de 3,8% para 4,25% em 2022.
Apresentação - Perspectivas para 2022: PIB, inflação e política econômica (17/11/2021)
Apresentação - Boletim Macrofiscal da SPE 2021 (17/11/2021)
O Boletim Macrofiscal aponta os motivos da revisão das estimativas, destacando que os fatores negativos foram a piora no cenário internacional, a quebra de cadeias produtivas e a piora nas condições financeiras. Entre os positivos estão a forte retomada no mercado de trabalho, o aumento do investimento privado e a continuidade do binômio econômico. “Nossa agenda de consolidação fiscal e reformas pró-mercado para o aumento da produtividade segue inalterada”, enfatizou Sachsida.
O secretário destacou que as projeções da SPE têm se mostrado historicamente acertadas. Segundo ele, em 2019 a Secretaria divergiu do mercado ao não reduzir tanto as projeções de crescimento no meio do ano. Ao final do ano, a projeção da SPE se mostrou correta. Em 2020, a SPE discordou do mercado ao não reduzir tanto as projeções de queda da economia e, ao final do ano, sua previsão estava certa. Ainda em 2020, observou Sachsida, a SPE fazia contraponto ao mercado ao projetar crescimento acima de 3% do PIB para 2021. “Hoje vemos que a SPE estava correta”, afirmou, acrescentando: “A SPE acertou as projeções em 2019, 2020 e 2021. Credibilidade se conquista. Transparência e acertos são fundamentais para estabelecer credibilidade”.
A SPE acertou as projeções em 2019, 2020 e 2021. Credibilidade se conquista. Transparência e acertos são fundamentais para estabelecer credibilidade”, Adolfo Sachsida
Mercado de trabalho
Um dos pontos realçados no Boletim Macrofiscal da SPE e que, de acordo com Adolfo Sachsida, dão base para que as projeções da Secretaria sejam mais positivas que as de mercado, é a expectativa de uma forte retomada do mercado de trabalho. De acordo com a SPE, pressupondo um retorno ao nível do segundo semestre de 2019, o mercado de trabalho absorverá aproximadamente cinco milhões de novos trabalhadores, cerca de 3,4 milhões no setor informal e de 1,5 milhão no setor formal. Ao mencionar dados atualizados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registraram a contratação de mais 3,5 milhões de trabalhadores formais nos últimos 12 meses, o secretário frisou que o país já retomou o nível de admissões pré-crise de 2015.Outro fator que alicerça as projeções mais otimistas da SPE em comparação com as do mercado são as expectativas de investimentos privados, sobretudo da indústria, que vêm aumentando, assim como as emissões de debêntures de infraestrutura. “O Brasil de 2023 será muito melhor que o Brasil de 2019, graças à agenda de reformas que este governo implementou”, disse Sachsida ao fim de sua apresentação na coletiva, da qual também participaram os subsecretários da SPE, Fausto Vieira (Política Macroeconômica), e Erik Figueiredo (Política Fiscal).
Fausto Vieira anunciou o lançamento na próxima semana do Indicador de Atividade Econômica (IAE) da SPE, que terá divulgação mensal. Um dos dados que constarão do primeiro informe será o crescimento de 2% da atividade econômica no país em outubro em termos anuais.
Assista à coletiva sobre a apresentação do Boletim Macrofiscal
Acompanhe as projeções:
- Foram atualizadas as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 5,3% para 5,1% em 2021 e de 2,5% para 2,1% em 2022.
- A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que aponta a inflação oficial – passou de 7,9% para 9,7% em 2021 e de 3,75% para 4,70% em 2022.
- Já as previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – referência para o salário mínimo – são de elevação de 8,4% para 10% em 2021 e de 3,8% para 4,25% em 2022.
#PIB I 🇧🇷📊@ASachsida disse, durante coletiva nesta quarta (17), que houve uma queda média de 4,7% do PIB do G20, enquanto o Brasil teve uma queda de 4,1%. Isso mostra que o Brasil se saiu melhor do que a média do G20. pic.twitter.com/6zPk2iTabO
— Ministério da Economia (@MinEconomia) November 17, 2021