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CENÁRIO
Mercado de trabalho se recupera com vacinação e maior mobilidade, aponta SPE
A vacinação em massa e o aumento da mobilidade estão proporcionando a retomada da atividade econômica e a recuperação do mercado de trabalho, afirmou nesta terça-feira (30/11) a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia (ME). Na nota informativa “Retomada do emprego formal e informal com a melhora da atividade”, a SPE diz que essa dinâmica se reflete no recuo da taxa de desocupação, principalmente no setor de serviços. “A recuperação no mercado de trabalho tem ocorrido tanto nos postos de trabalho formais quanto nos informais. Deve-se destacar a melhora recente no setor informal, com o aumento da mobilidade e a consequente recuperação dos serviços”, aponta o documento.
A SPE cita a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc/IBGE) do trimestre de julho a setembro de 2021, que revelou redução do desemprego para 12,6% da força de trabalho – recuo de 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior, quando estava em 14,2%. Também houve queda na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, período em que a taxa de desemprego chegou a 14,9% devido à pandemia da Covid-19. Já o contingente de desocupados diminuiu 9,3% em relação ao trimestre anterior de 2021.
“Os dados do terceiro trimestre indicam aumento de 3,6 milhões de postos de trabalho, ou seja, crescimento de 1,2 milhão de trabalhadores por mês, em média”, aponta a Secretaria. Segundo a nota, os resultados se devem ao aumento da população ocupada, que cresceu 3,6% em relação ao trimestre móvel anterior com ajuste sazonal e 11,4% em termos interanuais. Assim, no período de um ano, essas variações positivas adicionaram 9,5 milhões de pessoas ao mercado de trabalho, com crescimento tanto no setor formal quanto no informal.
Tendência positiva
“Deve-se salientar que os indicadores da taxa de participação e o nível de ocupação estão retornando à média histórica”, pontua a nota, acrescentando que há melhora da taxa de participação e nível de ocupação, com recuperação em relação ao valor mais baixo – que foi observado em meados de 2020. “Essa tendência de melhora tem se fortalecido nas últimas divulgações da PNADc”, observa a SPE.
Além disso, a Secretaria de Política Econômica notou maior resiliência do emprego formal nesta crise, na comparação com a recessão de 2014-2016. Naquele período, a retração do emprego formal, em termos interanuais, durou 39 meses, enquanto na crise iniciada em 2020 a queda foi de 14 meses. Para a SPE, parte dessa mudança de comportamento se deve à implementação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego (BEm), que limitou a queda dos empregos formais.
A expectativa da SPE é que nos próximos meses o nível de ocupação continue subindo, puxado principalmente pelo aumento da participação do mercado informal, além da tendência positiva no mercado de trabalho formal.