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Agentes que preservam o estoque verde precisam ser remunerados, diz ministro da Economia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou nesta sexta-feira (5/11) à comunidade internacional a importância da construção de um novo modelo robusto de desenvolvimento global que permita, ao mesmo tempo, o desenvolvimento dos países e a preservação ambiental. Em Brasília, Guedes participou, em transmissão ao vivo, de painel da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudanças Climáticas – a COP26 – realizada em Glasgow, na Escócia. “O futuro é verde e digital”, destacou.
Guedes ressaltou a importância da elaboração de instrumentos que ajudem a preservar os ativos ambientais e do aprimoramento do mercado de neutralização de emissões de carbono. Citou o exemplo do governo brasileiro, que recentemente lançou o Programa Nacional de Crescimento Verde e a Cédula do Produtor Rural (CPR) Verde. Também participou da transmissão o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade. O evento on-line foi conduzido pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
“Precisamos remunerar aqueles que ajudaram a preservar todo esse estoque verde”, afirmou Paulo Guedes, em referência à CPR Verde. Esse instrumento, lançado no início deste mês, representa uma nova alternativa de mercado, de adoção imediata e em larga escala, de pagamento por serviços ambientais (PSA). O produtor rural que produz e preserva o meio ambiente da sua propriedade poderá emitir o título para empresas interessadas em fazer negócios verdes e ser remunerado pelas ações de sustentabilidade.
O ministro da Economia explicou, ainda, que o Programa Nacional de Crescimento Verde ajudará o Brasil a melhorar o aproveitamento das vocações regionais, com respeito ao meio ambiente. A iniciativa vai oferecer financiamentos e subsídios para incentivar projetos e atividades econômicas sustentáveis, priorizar concessões de licenças ambientais e gerar os chamados “empregos verdes”. Com o pacote de incentivos, o objetivo é neutralizar a emissão de carbono pelo país até 2050. “O Brasil pode ter a ‘Capital da Bioeconomia’, atraindo empresas da economia verde e da economia digital”, declarou Paulo Guedes.
O secretário Caio Paes de Andrade destacou que os avanços na inclusão digital promovidos pelo Ministério da Economia – com mais de 115 milhões de pessoas já atendidas pela Plataforma GOV.BR – já estão gerando impactos positivos em sustentabilidade. Com acesso aos serviços públicos na palma da mão, no celular, os cidadãos reduzem deslocamentos, o que minimiza as emissões de carbono. “Isso é microeconomia na veia”, disse Caio Paes de Andrade.