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Combate às fraudes
Receita Federal integra força-tarefa que investiga fraude na produção de combustíveis
A Receita Federal, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Piracicaba/SP (Gaeco) e a Polícia Rodoviária Federal deflagraram, na manhã desta segunda-feira (15/3), a segunda fase da Operação Arinna. A ação visa desarticular organização criminosa especializada na adulteração de combustível e de ARLA32 – um tipo de reagente utilizado em veículos movidos a diesel para a redução de poluentes – o que acarretou uma sonegação de tributos federais estimada em R$ 270 milhões.
Esta etapa decorre da análise dos dados fiscais e bancários, cujos afastamentos dos sigilos foram deferidos judicialmente, que permitiu a identificação do caminho percorrido pelo dinheiro, desde os financiadores do esquema investigado aos principais beneficiários finais desses recursos.
Dos cruzamentos realizados, foi possível chegar aos mentores do "esquema" – grandes devedores da Fazenda Nacional e do estado de São Paulo. Para permanecerem ocultos nas operações de importação e comercialização dos produtos citados, foram utilizadas contas de terceiros, as quais acolheram créditos superiores a R$ 490 milhões no período de três anos. Os recursos financeiros movimentados pelos investigados desta segunda fase estão estimados em R$ 4,8 bilhões.
Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão por 16 auditores-fiscais e seis analistas tributários da Receita Federal, sete promotores de Justiça e policiais Rodoviários Federais, nas cidades de Valinhos, Ibaté, Paulínia, Ribeirão Bonito, Araraquara, Indaiatuba e Jundiaí – no estado de São Paulo – além de Cuiabá e Cocalinho, no Mato Grosso.
O nome da operação – Arinna – é uma referência à deusa do sol da extinta civilização Hitita.