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Reformas estruturantes são pilares da recuperação econômica no Brasil, diz secretário Erivaldo Gomes
O Brasil continua a promover um programa de reformas estruturantes para garantir a recuperação da economia, garantiu o titular da Secretaria de Assuntos Econômicos Internacionais (Sain) do Ministério da Economia (ME), Erivaldo Gomes, nesta segunda-feira (7/6), durante abertura do evento Journée Clients 2021.
Organizado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), o encontro on-line reúne parceiros e representantes de entidades dos setores público e privado para trocar experiências, discutir financiamentos de projetos de desenvolvimento e fomentar novas ideias de negócios.
Em sua apresentação, o secretário destacou a importância de medidas estruturantes em andamento ou já aprovadas pelo Congresso Nacional, fazendo referência a projetos do governo como as Reformas Tributária e Administrativa, a autonomia do Banco Central, a Lei do Gás, a Privatização da Eletrobras, os Marcos Legais do Saneamento Básico e das Startups e a BR do Mar (Cabotagem), entre outros.
Ele também lembrou que as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021 têm sido revisadas para cima – a expectativa passou de 3,96% para 4,36%, em média, segundo o relatório Focus do Banco Central –, colocando o país na direção de uma recuperação em “V”, como sustentava o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Em três temas de mesas-redondas, o Journée Clients 2021 aborda estratégias de captação de recursos externos para o desenvolvimento sustentável, parcerias para o desenvolvimento sustentável de estados e municípios e as oportunidades de investimento a partir do novo marco legal do saneamento básico.
Em relação à parceria do Brasil com bancos de desenvolvimento, o titular da Sain comentou que elas “contribuem de forma importante para a retomada do emprego, para a redução da pobreza e para investimentos em infraestrutura social no país”. Segundo Erivaldo Gomes, as instituições financeiras internacionais (IFIs) oferecem valiosos recursos de assistência técnica, cooperação e financiamento que beneficiam os setores público e privado.
Impactos positivos
No caso da relação do Brasil com a AFD, o secretário lembrou que a Agência atua no país desde 2007 e tem uma carteira ativa com cinco projetos, totalizando investimentos na ordem de US$ 386,6 milhões. “Os projetos da AFD no país têm impactos positivos sobre o clima e na redução de emissões de carbono. Além disso, beneficiam a infraestrutura energética, o ordenamento territorial e a mobilidade urbana”, pontuou.
Gomes destacou também o papel a ser desempenhado pelas IFIs no atual processo de transição da economia para um modelo de baixo carbono, enfatizando a contribuição dessas instituições na difusão de boas práticas e soluções para a prevenção, adaptação e mitigação dos riscos provenientes das mudanças climáticas. Com o apoio e a cooperação da AFD e demais IFIs – observou o secretário – a agenda de sustentabilidade continuará a avançar de modo expressivo nos próximos anos. “Recursos direcionados a países como o Brasil, com ativos naturais e humanos abundantes, viabilizam um processo de transição econômica sustentável e duradoura”, explicou.
Além do secretário Erivaldo Gomes, a sessão de abertura do Journée Clients 2021 contou com a presença da embaixadora da França, Brigitte Collet, e do diretor-executivo da AFD, Remy Rioux. O Ministério da Economia também foi representado no evento pelo subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento e Mercados Internacionais, Carlos Lampert, que participou de mesa-redonda sobre a perspectiva de financiamentos dos bancos e agências de desenvolvimento internacionais.