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CRESCIMENTO
Fendt destaca o papel do Investimento Estrangeiro Direto na geração de riquezas, empregos e inovação no Brasil
O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, participou, na tarde desta segunda-feira (31/5), do painel “O crescimento no Brasil Pós-Pandemia: o papel do Investimento Estrangeiro Direto e a agenda de reformas”, no Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF).
O secretário destacou a importância do Investimento Estrangeiro Direto (IED) para promover o aumento da concorrência, da produtividade, transferência de tecnologia, geração de riquezas, criação de novos empregos e inovação. Fendt observou que, de acordo com os dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), em 2020, o mundo inteiro viu o fluxo de IED ser reduzido. A pandemia, aliada à deterioração das expectativas econômicas, provocou atraso e suspensão da implementação de projetos de investimento.
“No Brasil, verificamos a mesma tendência negativa de redução dos investimentos estrangeiros no país”, lembrou Fendt. “Porém, segundo dados do Banco Central, é possível notar que a economia brasileira iniciou 2021 com expansão e já vem apresentando recuperação dos ingressos de investimentos líquidos no primeiro trimestre, com a entrada de US$ 17,7 bilhões, representando um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.” A expectativa para este ano é receber investimentos em torno de US$ 60 bilhões.
Na avaliação do secretário, os dados positivos do início do ano tendem a melhorar cada vez mais, com mais consistência e previsibilidade, tendo em vista as reformas em curso e as já implementadas, inclusive na área internacional. Ele citou iniciativas como: a desburocratização de controles econômico-comerciais, a publicação da nova regulamentação do regime aduaneiro de drawback (isenção de impostos para insumos importados); a modernização do Mercosul, com a revisão da Tarifa Externa Comum (TEC) e a revisão do regime de origem.
Ainda sobre os acordos comerciais, o secretário afirmou que estudos realizados pelo Ministério da Economia apontam que as negociações da rede de acordos comerciais do Mercosul com União Europeia, Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), Canadá, Coreia do Sul, Singapura, Indonésia e Vietnã terão impacto positivo de 1,5% no PIB brasileiro, além do aumento nos investimentos, na corrente de comércio, na massa salarial e na queda dos preços ao consumidor. Em termos monetários, os ganhos acumulados no PIB chegam a R$ 1,7 trilhão no período de 2021 a 2040.
Com relação às políticas públicas voltadas especificamente a investimentos, o secretário destacou que o governo federal tem envidado esforços para o aperfeiçoamento da governança relativa aos investimentos estrangeiros diretos e para a melhoria do ambiente de negócios no país. Para isso, no ano passado, foi publicado, pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), o Plano Nacional de Investimentos que, entre as inúmeras inciativas em curso, inclui a Agenda Regulatória para a melhoria do ambiente de investimentos.
Roberto Fendt também pontuou que, considerando o interesse do Brasil na atração do Investimento Estrangeiro Direto, observa critérios ambientais, sociais e de governança. Eles simbolizam o alinhamento a novos padrões de mercado e são componentes da retomada do crescimento econômico em bases ambientalmente sustentáveis e socialmente inclusivas que, em sua totalidade, podem significar para o país até 2030 a geração de 2 milhões de empregos adicionais, um incremento no PIB de R$ 2,8 trilhões e o aumento de R$ 19 bilhões na produtividade para o Brasil até 2030, conforme estudo do World Resources Institute (WRI – Brasil).
O secretário ressaltou a importância dos investimentos estrangeiros como uma alavanca fundamental para dinamizar os negócios e fazer a economia voltar a crescer. “Temos a certeza de que o aumento do fluxo de investimento estrangeiro direto no país será importante para retomarmos a nossa atividade econômica no pós-Covid, e este evento muito tem a contribuir nesse sentido”, concluiu.
Fórum de Investimentos Brasil
O BIF 2021 é voltado a interessados em conhecer oportunidades e estabelecer contatos com potenciais investidores. O evento é organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com o governo federal, por meio dos Ministérios da Economia e das Relações Exteriores, e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Durante as apresentações e reuniões, autoridades brasileiras e líderes do setor privado irão debater os desafios, perspectivas e oportunidades em setores como agronegócio, energia, infraestrutura, inovação e tecnologia. Também serão apresentados a investidores de todo o mundo os melhores projetos e oportunidades de investimentos. O evento começou nesta segunda-feira (31/5) e termina nesta terça-feira (1º/6).
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