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Geração de empregos
Brasil está encontrando seu caminho, avalia Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou, nesta terça-feira (8/6), do “Webinar: Setor de Serviços em Dados”, promovido pela Frente Parlamentar do Setor de Serviços (FPS). Em sua fala, destacou a importância do setor pela sua capacidade de geração de empregos no país. "O setor de serviços, particularmente, tem a nossa atenção porque é responsável por mais de 70% dos empregos no Brasil”, afirmou.
Para Paulo Guedes, o setor será decisivo em programas para estímulo ao emprego, como o Bônus de Inclusão Produtiva e o Bônus de Incentivo à Qualificação Profissional. "Algumas empresas do ramo já estão nos procurando para encomendar jovens para colocar em treinamento", afirmou o ministro. O objetivo do programa é criar novos empregos para jovens entre 18 e 28 anos e qualificá-los profissionalmente.
"Vamos atuar justamente onde a incidência do desemprego é maior, entre os jovens considerados nem-nem, aqueles que não estão nem na universidade nem têm emprego. Queremos que eles sejam incluídos no sistema produtivo brasileiro, sendo treinados pelas próprias empresas", explicou. "Os jovens irão adquirir a qualificação necessária para futuramente serem inseridos no mercado de trabalho formal", explicou Guedes.
Durante o evento, o ministro também falou sobre horizonte de investimentos e disse que o Brasil está saindo gradualmente de uma recuperação cíclica – baseada em consumo, auxílio emergencial e medidas de emergência – e entrando numa fase de crescimento sustentado, com investimentos contratados para os próximos 20, 30 anos. Ele destacou os projetos de privatizações e o apoio do Congresso Nacional às reformas: "A capitalização da Eletrobrás, dos Correios, a aprovação das reformas administrativa e tributária, estão acontecendo graças a um Congresso reformista e ao apoio da iniciativa privada", pontuou.
Paulo Guedes assegurou que o Brasil está encontrando seu caminho. "Nós continuamos atentos à pandemia, com duplo compromisso. Primeiro com a saúde dos brasileiros, e, ao mesmo tempo, estamos alertas com a responsabilidade com as futuras gerações", disse. "Estamos enfrentado os desafios da pandemia sem desorganizar a economia brasileira. Com duplo compromisso: manter a saúde dos brasileiros e ao mesmo tempo manter a economia funcionando", disse.
Índice de Serviços
O secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, Jorge Lima, também participou do evento no qual ocorreu o lançamento do Índice de Serviços (ISe), indicador econômico que vai medir o desempenho das atividades do setor de Serviços e identificar a capacidade de contribuir para a promoção do desenvolvimento econômico sustentado e inclusivo do setor que responde por mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB).
Jorge Lima falou sobre o Custo Brasil, que hoje, para o setor produtivo brasileiro está estimado em R$ 1,5 trilhão a mais do que para os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ele afirmou que o Ministério da Economia está trabalhando para avançar com as pautas que possuem maior potencial de redução desse custo.
"Nós estamos com 22 projetos de lei prioritários, entre eles Reforma Administrativa, Reforma Tributária, Lei do Saneamento e Lei do Gás. E esses 22 projetos já possuem uma capacidade de redução de R$ 500 bilhões do Custo Brasil. Os que já foram aprovados pelo Congresso Nacional e sancionados possuem um potencial de redução de R$ 180 bilhões”, afirmou o secretário.
Jorge Lima também destacou a importância do setor de serviços e a necessidade do Executivo e do Legislativo trabalharem políticas públicas para o setor. “Precisamos fortalecer e ir além. A Frente tem feito esse trabalho, que é inserir a questão do serviço no Brasil, pois ela tem a maior capacidade de resposta rápida para crescimento e empregabilidade”, reforçou .
Metodologia
Para chegar a um Índice de Serviços foram utilizados dados mensais como o índice de variação da receita nominal e do volume de serviços, seja por atividade, número de serviços e suas subdivisões. Também foi levado em conta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), que é composto pelas informações relacionadas ao mercado de trabalho formal, sob a responsabilidade da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia.