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MODERNIZAÇÃO
Paulo Guedes destaca papel do setor privado na transformação da economia brasileira
O protagonismo do setor privado no processo de modernização da economia brasileira foi um dos pontos destacados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em sua participação no Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq) 2021, evento realizado pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) nesta sexta-feira (3/12). “Os horizontes estão abertos. Nós vamos reindustrializar o Brasil em cima de energia barata. O futuro é verde e digital. Vamos fazer essa transição juntos”, disse o ministro, assinalando que a abertura da economia é gradual.
Segundo Guedes os setores público e privado precisam assumir a missão que lhes cabe no processo de condução do país ao crescimento econômico. “A palavra de ordem é modernização. O crowding in dos investimentos quem fará será o setor privado, trazendo crescimento econômico e sustentável para o Brasil. O setor privado é responsável pela nova matriz de crescimento brasileiro. São as novas tecnologias, é o digital, é o verde. Toda essa transição vai ser feita em cima de investimentos privados”.
Sobre o papel do setor público, destacou que sua principal função é atenuar as desigualdades, fazer as transferências de renda para os mais frágeis e estruturar um programa de renda mínima. O ministro reforçou que cabe a esse setor proteger os mais vulneráveis, buscar a igualdade de oportunidades e investir em educação.
Economia de mercado
De acordo com o ministro, o setor público não tem capacidade financeira de acompanhar a necessidade de investimentos para o desenvolvimento econômico do país e citou os exemplos da telefonia e do saneamento. “Acabou o monopólio público, tem telefonia abundante hoje. A mesma coisa vai acontecer agora com o saneamento. Mais de 100 milhões de pessoas estavam sem água e sem esgoto e 35 milhões sem água corrente”. Paulo Guedes pontuou que a onda de investimentos privados em saneamento fará com que, num horizonte de 10 a 15 anos, a agenda de investimentos no setor chegue a R$ 1 trilhão, o mesmo ocorrendo com o setor de infraestrutura.
No entanto, o ministro esclareceu que essa abertura não ocorrerá de forma repentina, antes de asseguradas as vantagens da redução de juros, de desregulamentação e de marcos regulatórios mais eficientes, o que, se acontecesse, iria “abater o setor de produção nacional”. A abertura, segundo Guedes, está sendo conduzida com a “mandala de redução do custo Brasil, redução de custo de energia, redução de custo de cabotagem, redução de custos de impostos”. À medida que o país vai reduzindo o custo Brasil – defendeu – a economia brasileira vai sendo aberta.