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MODERNIZAÇÃO
Brasil é a maior fronteira de investimento do mundo, diz Guedes a empresários
Falando a uma plateia de empresários no evento Moderniza Brasil – Ambiente de Negócios, realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta quarta-feira (15/12), o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que o Brasil é, hoje, a maior fronteira de investimentos do mundo, com oportunidades nos setores de gás natural, petróleo, saneamento, ferrovia, cabotagem, rodovias, portos e aeroportos. Guedes também afastou as previsões pessimistas sobre o desempenho da economia.
“A verdade é que tivemos um desempenho que surpreendeu o mundo. Falaram que a economia cairia 10%, e caiu 4%. Depois falaram que ficaríamos em recessão, voltamos em ‘V’. Agora, a desgraça foi rolada para o ano que vem”, disse, complementando que os pessimistas vão errar novamente. O ministro questionou: “Como não há interesse no Brasil? Tudo que está sendo colocado à venda está sendo vendido”, reforçou.
Segundo Paulo Guedes, o governo está trocando o eixo de crescimento da economia brasileira. Sai um modelo já exaurido, no qual o setor público era o protagonista, para dar espaço ao setor privado como principal motor do crescimento. De acordo com Guedes, essa transformação do Estado já está em fase avançada. Sinal disso são os investimentos atraídos pelas diversas mudanças realizadas nos marcos regulatórios. Como exemplo, o ministro citou o marco do saneamento, que logo após aprovado permitiu a privatização da companhia de águas do Rio de Janeiro, a Cedae, com cerca de R$ 20 bilhões em outorga e outros R$ 30 bilhões em investimentos.
Capital privado
O evento foi realizado em formato de bate-papo, mediado pelo empresário Bruno Serapião, que fez perguntas ao ministro Paulo Guedes e ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Ao comentar o programa de concessões na área logística, o ministro da Infraestrutura ressaltou o capital privado como “motor da transformação” da área. Já o ministro Guedes destacou importante mudança nas concessões. Ao invés de extrair o máximo de recursos para o caixa do governo, o modelo agora é recolher menos outorga e exigir maior volume de investimentos.
Freitas também apresentou dados sobre a área aeroportuária: o atual governo é o que mais leiloou aeroportos (34 ao todo) e o que mais executou arrendamentos portuários (33 no total). Para 2022, a previsão é de leiloar mais de 15 aeroportos, entre eles o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Congonhas, em São Paulo. A estimativa é de ultrapassar os R$ 8 bilhões em investimentos.
O Moderniza Brasil – Ambiente de Negócios foi organizado pela Secretaria-Geral da Presidência da República para apresentar as ações implementadas desde 2019 para a transformação do Estado e da economia. O encontro entre líderes empresariais e integrantes do governo federal contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do ministro da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos, além do representante da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, e do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, anfitrião.
Entregas
Entre as entregas do governo federal voltadas à modernização e melhoria do ambiente de negócios estão ações do Programa de Parceira de Investimentos (PPI). Foram, desde o início do governo até agora, 124 leilões de projetos para atração de investimentos privados para os setores de transporte, logística e energia, entre outros. Os investimentos contratados ultrapassam R$ 611 bilhões e a agenda prossegue com leilões já agendados para os próximos meses.
A facilitação do acesso ao crédito ofertado pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), iniciativas da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competividade (Sepec) do Ministério da Economia possibilitaram a sobrevivência dos negócios durante o período das restrições impostas pela pandemia e na recuperação da atividade econômica. Desde o início do Pronampe foram liberados um total de R$ 62,4 bilhões em mais de 850 mil operações de crédito, dos quais 74% foram para pequenas empresas e 26% para microempresas.