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CENÁRIO
Paulo Guedes pede a empresários confiança no país e apoio às reformas estruturantes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou com empresários nesta segunda-feira (23/8) durante sua participação em evento realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). “Façam o que vocês estão fazendo: investindo, vendendo, inovando, empregando. Confiem no Brasil. Se cada um fizer a sua parte, nós vamos atravessar e chegar do lado de lá”. Além disso, reiterou a necessidade do avanço das reformas estruturantes: “Peço o apoio de vocês para a Reforma Administrativa e a Reforma Tributária”.
Paulo Guedes reiterou sua convicção no crescimento econômico. “A economia está vindo com vigor. Todos os setores estão gerando empregos. Todas as expectativas estão convergindo para mais de 5%”, disse, referindo-se às revisões de projeções para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2021. “Os fundamentos econômicos estão melhorando”, assinalou.
O ministro ressaltou que o governo “não poupou esforços para combater a pandemia”, ao mesmo tempo em que manteve o “compromisso com as futuras gerações” ao respeitar os preceitos da responsabilidade fiscal. “Temos compromisso com a saúde e com a disciplina fiscal”, salientou.
Precatórios
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 23/2021 para parcelamento dos precatórios também foi abordada pelo ministro no evento em que foi lançado o ranking das 300 maiores empresas do varejo brasileiro em 2021, de acordo com o faturamento. Segundo Paulo Guedes, as despesas com os precatórios – que cresceram de forma acelerada nos últimos anos – terão que ser controladas, a exemplo do que foi feito com as despesas da Previdência, com os juros da dívida e com a folha de pagamento do funcionalismo. “Temos a obrigação constitucional de controlar essas despesas”, argumentou.
Paulo Guedes fez observações sobre a Reforma Tributária proposta pelo governo, cujas duas fases – criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) e mudanças no Imposto de Renda – estão em tramitação no Congresso. “Vamos transformar o aumento de arrecadação, já que estamos controlando as despesas, em redução de alíquotas”, defendeu o ministro. “Mas os dividendos pagam, como é no mundo inteiro. Queremos que as empresas tenham impostos mais baixos”, afirmou, completando: “o ideal é continuar baixando os impostos das empresas”.
O ministro enfatizou sua confiança na estabilidade institucional do país. “Quero reafirmar minha confiança no processo democrático brasileiro”, salientou. “Precisamos ter confiança nas instituições. Os atores erram. Se um ator comete um excesso, a instituição convida o ator para voltar para dentro da caixa. Somos seres humanos”, concluiu.